Voluntariado Empresarial: 5 tendências e você não pode ficar de fora

Mais voluntariado corporativo! Essa foi a principal tendência de 2022. As empresas são os locais onde passamos a maior parte de nossas vidas. Elas são capazes de influenciar e engajar os voluntários em atividades e ações sociais. Existe o compromisso de garantir as melhores e mais relevantes experiências de engajamento em atividades voluntárias para todos os colaboradores.

O voluntariado corporativo tem sido a oportunidade de usar a voz das empresas para fomentar e aumentar as atividades sociais em todo o mundo. 

O que o voluntariado corporativo necessita das empresas e das pessoas? É preciso haver na empresa um ambiente harmonioso; é necessário prover um orçamento para a gestão e realização das atividades; e, ainda, é fundamental criar práticas de reconhecimento dos voluntários, para que todos os colaboradores participantes sintam que a atividade voluntária é algo que vale a pena realizar. 

O voluntariado ajuda as pessoas a exercitar a empatia, a vivenciar uma prática que pensa no coletivo e ainda desafia a todos a romper limites, a sair da zona de conforto e a estar abertos a aprender e a trocar experiências.

Segundo a Pesquisa Voluntariado no Brasil, dos 57 milhões de voluntários que existem em nosso país, 15% realizam atividades e engajam-se por meio de programas de voluntariado empresarial.

Vamos destacar algumas tendências que têm sido norteadoras para as ações que despertam maior engajamento e maior número de participantes nos programas de voluntariado empresarial: 

1 - A resiliência e o equilíbrio vida-trabalho

O voluntariado corporativo emergiu destes dois anos de pandemia extremamente resiliente. Os voluntários mostraram sua grande capacidade de adaptação às situações adversas e espontaneamente começaram a agir no entorno e a trazer para a empresa as pequenas e diferentes iniciativas. As empresas, por sua vez, abraçaram essas causas e incentivaram o crescimento dessas ações. A resiliência foi fundamental para manter o trabalho voluntário ativo e cada vez mais eficiente. Igualmente, foi essencial que as ações de voluntariado levassem em consideração o equilíbrio trabalho-vida, a flexibilidade, a saúde mental. Programas de voluntariado que escutam e acolhem as iniciativas dos colaboradores, que gerem satisfação, dos quais todos se sintam parte e que contemplem momentos de alegrias, prazer e bem-estar estão em alta. 

2 - A inovação e a inclusão 

Inovação é a criatividade das novas ações voluntárias, que agregam e envolvem diferentes públicos — não só os colaboradores das empresas, mas também familiares e amigos,  estendendo ainda essas atividades para os fornecedores, clientes etc. 

3 - Voluntariado digital e presencial

Em muitos momentos de isolamento, as práticas à distância e online foram a única opção possível de atividade voluntária. Situação difícil para as organizações da sociedade civil e os públicos beneficiados, que muitas vezes não possuem recursos tecnológicos para receber ou mesmo trabalhar com esses voluntários online. Por sua vez, as empresas estão mais ativas para ajudar a sanar essas dificuldades, oferecendo materiais e equipamentos e voluntários mais preparados. O voluntariado digital é agora uma realidade cada vez mais comum, e o surgimento de novas ações online fez crescer a participação dos voluntários, principalmente dos jovens colaboradores das empresas, mais predispostos a se engajarem nessas novas atividades. O microvoluntariado (pequenas ações digitais como uma simples tradução ou divulgações de campanhas em mídias sociais) também se desenvolveu em consequência do voluntariado digital. O modelo híbrido será uma tendência ainda maior no futuro, com atividades online e presenciais, podendo cada voluntário escolher o que melhor se adapta a sua realidade. 

4 - Habilidades e competências do voluntariado corporativo

O voluntariado é, sem dúvida, uma ferramenta de aprendizagem informal que nos ajuda a desenvolver nossas competências transversais. Tornou-se um ativo importante para as empresas que, além de se posicionarem e ajudarem diante dos diversos problemas da comunidade, ajudam a desenvolver em seus colaboradores essas novas expertises, tais como trabalho em equipe, autoconhecimento, liderança, flexibilidade, criatividade, versatilidade, comunicação assertiva e não violenta, pensamento crítico, entre outras. 

O voluntariado não é positivo apenas para a sociedade, mas também para os próprios voluntários e organizações. As empresas valorizam cada vez mais o compromisso de seus profissionais com a sociedade, dedicando parte de seu tempo aos outros de forma altruísta. Prova disso é o compromisso crescente do voluntariado empresarial como ferramenta para atrair e aumentar talentos na força de trabalho. Todos ganham com o voluntariado!

5 - Voluntariado “energético” dos jovens e o resultado das ações voluntárias

A nova geração de colaboradores está impulsionando as empresas a fazerem um voluntariado mais dinâmico. Ela está incentivando o uso da tecnologia de diversas maneiras, impulsionando ações voltadas ao meio ambiente, às questões de resíduo e clima. Busca, cada vez mais, acompanhar e monitorar o impacto das atividades voluntárias. 

É fato que se leva muito tempo para coletar dados reais e medir os resultados de uma atividade voluntária, além do investimento que é necessário para essa atividade. A equação que as empresas precisam entregar a seus voluntários deve trazer a história e a emoção da ação, mas precisa avaliar, medir e apresentar dados e números que retratem os reais resultados alcançados por essas ações nas comunidades.

Que assim, inspirado nas tendências, seja possível o engajamento de mais voluntários e a consistência e perpetuação dos programas de voluntariado corporativo.