Desde 2018, quando o Movimento Bem Maior (MBM) foi fundado, para colaborar com a transformação na cultura de doação no Brasil, nossa missão é muito clara: ampliar o quadro de filantropos no país. Aumentar o volume anual, destinar recursos de maneira transparente e estratégica, mostrar resultados para aqueles que seguiriam nessa jornada com o MBM. Um dos primeiros passos nesse caminho foi lançar um edital para apoiar iniciativas de impacto comunitário, o que mais tarde viria a ser o programa Futuro Bem Maior.
Hoje, a nossa trajetória confirma o espírito que não somente deu início a ele, mas que mantém o movimento vivo e atuante, fortalecido a cada ano. O Futuro Bem Maior, que está em sua terceira edição, é um exemplo. De 2019, quando foi lançado o primeiro edital, até 2021, já apoiamos 118 projetos oriundos de organizações da sociedade civil (OSCs) e coletivos, com uma média de 40 selecionados por ano.
Em três anos de realização do programa, mais de 60% das OSCs aumentaram o número de beneficiados e conquistaram novos parceiros para suas ações. Além do apoio financeiro (em 2021, cada selecionado recebeu R$ 70 mil), as OSCs ou coletivos passam por capacitação em gestão de projetos, apresentação de resultados e de indicadores, bem como participam de rodas de conversa e trocas de experiências com outras organizações, gerando oportunidades para ampliar parcerias, captar recursos e fortalecer a capacidade de ação.
A estratégia de atuação, por meio dos editais, é focar em municípios com até 200 mil habitantes — 97% das cidades brasileiras estão nessa faixa populacional —, e no fortalecimento de OSCs e coletivos que precisam de suporte em áreas como gestão organizacional, comunicação, voluntariado e finanças, entre outras. A maioria dessas organizações precisa desenhar ou amadurecer seus processos de governança e captação de recursos. Ao escolher municípios menores, o Futuro Bem Maior apoia organizações locais que, muitas vezes, não têm acesso a programas governamentais ou investimento social privado, pois seus trabalhos têm pouca visibilidade nas estatísticas do país, mas são extremamente relevantes nos territórios onde atuam.
Cada resultado obtido, cada pessoa beneficiada, cada parceria estabelecida é uma parte do processo de transformação social, que é o propósito maior do programa. Alguns dados e o detalhamento das ações do Futuro Bem Maior foram apresentados por mim no FIFE 2022 (Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica), no dia 29 de abril, em Sorocaba.
Um exemplo é o da pequena cidade de Curimatá, no Piauí, com pouco mais de 13 mil habitantes e IDH de 0,6. Ela foi beneficiada pelo Projeto Água, Cidadania e Ensino, que tornou realidade o aumento da geração de alimentos e a capacitação para criar e comercializar aves no sistema de avicultura familiar. Mais de 360 pessoas foram beneficiadas. Os resultados dão ânimo e a certeza de que o MBM está no caminho correto e pode mais.
Hoje, com 2 editais concluídos e 1 em andamento, o Futuro Bem Maior já atuou em 74 municípios, de todas as regiões do país, nos quais foram investidos, no total, R$ 10 milhões, beneficiando mais de 50 mil pessoas diretamente. Os projetos financiados atuam em causas ligadas aos temas: educação, geração de renda, cultura, saúde e defesa de direitos, fortalecimento da democracia, entre outros.
Com esse desafio, o MBM tem a missão de mostrar que investir em iniciativas de impacto comunitário, de menor expressão no cenário macro, é proporcionar acesso a recursos que possibilitem impactar positivamente as bases das desigualdades e da injustiça. Ampliar a atuação do programa é outra meta que temos pela frente. Atender a mais OSCs por edição, em todo o país, e estabelecer um modelo de formação continuada e acompanhamento que seja cada vez mais eficaz e de confiança, para alcançarmos o crescimento na eficiência das OSCs.
O Futuro Bem Maior tem ainda uma longa e bela trajetória pela frente. O mais importante nesse caminho é que ninguém fique para trás, que as potencialidades locais possam ser desenvolvidas e que as organizações sociais conquistem autonomia e atendam às demandas das regiões onde atuam.
Tem sido um aprendizado mútuo, em que fica claro o valor da troca e da colaboração. É um grande desafio investir em organizações com realidades tão distintas das que conhecemos e que atuam em grandes centros. Mas, qualquer que seja o tamanho da iniciativa ou projeto, a troca de boas práticas, a criação de redes de contatos e o espírito de apoio coletivo são os mesmos, e isso é o mais gratificante.
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