Projetos De Voluntariado Exitosos: Como Fazer Diferente Para Fazer A Diferença

Por: Silvia Naccache
23 Outubro 2018 - 00h00

Será que é tão complicado ter um programa de sucesso? Como trazer novas estratégias para fazer a diferença? O programa de voluntariado que faz a diferença para quem executa e para quem recebe a ação precisa ser customizado, divertido, colaborativo, relevante, realizador, inovador e ainda global

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É necessário individualizar os programas, inclusive as ações voluntárias. Personalizar de acordo com a faixa etária interessada e o perfil do voluntário. Os projetos de voluntariado exitosos são personalizados, pois as pessoas são diferentes. Atualmente, a cada dez anos temos uma nova geração com características bem diversas. Sendo assim, o programa de voluntariado deve valorizar o melhor de cada geração, seja ela X, Y, Z, Millenium. E as outras que virão também devem estar no radar do gestor do programa. Não há como mudar as experiências de vida nem as expectativas que cada pessoa traz ao procurar uma organização para a ação de voluntariado, mas podemos criar um ambiente que seja acolhedor a todos, tirando de cada um o seu melhor. Segundo o jornalista Henrique Cabral, “muita gente já está cansada de ouvir falar em jovens inovadores e sobre suas diferenças com relação a pessoas de uma geração anterior. Ficamos pensando que, talvez, os jovens de agora sejam melhores que de outros tempos, que são mais rápidos e mais eficazes, e não atentamos para um fator muito simples que envolve todas essas gerações, as novas e as anteriores: o tempo”. Independentemente de qual seja a geração, cada um espera de seu voluntariado algo com o que realmente se identifique.

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Programas de voluntariado precisam ser engajadores, lúdicos. Devem gerar prazer e alegria. Mas além de atrair talentos e energia, precisam reter voluntários. Uma das tendências atuais é a gamificação (ou gamification, em inglês) É isso mesmo, tudo está sendo “gamificado”, ou seja, é o uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado, motivando ações e comportamentos em ambientes no contexto de jogos. Rafaela Espindola da Edolls afirma que usar a estratégia dos jogos tem o principal objetivo de aumentar o engajamento e despertar a curiosidade dos usuários e, além dos desafios propostos nos jogos, na gamificação as recompensas também são itens cruciais para o sucesso. A gamificação é, basicamente, usar ideias e mecanismos de jogos para incentivar alguém a fazer algo. Por que não praticar isso no voluntariado?

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A  conexão em equipe gera ideias e transformação. Fazer junto é fertilizador. Quando todos trabalham em conjunto por um objetivo comum, os resultados alcançados são melhores. Mas, para que isso aconteça, é preciso equilibrar disciplina com flexibilidade, cultivar a ética, encontrar um propósito comum, criar uma estrutura e ferramentas de colaboração e compartilhamento.

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O dinheiro não é a única maneira de se comprovar que algo foi realizado e deu resultado. No voluntariado, apesar de não haver remuneração, existe relevância tanto para quem recebe a ação como para quem pratica. Para bons resultados é preciso que haja sentido na prática da ação voluntária: para que e por que vou me engajar nessa prática? Fundamental lembrar que atualmente existem pessoas que buscam participar, mas que precisam realmente ter um conhecimento claro de seus indicadores de êxito e resultados. É preciso avaliar o resultado e comunicar de forma clara e objetiva para fazer sentido.

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O que dá sentido ao voluntariado é o momento “mão na massa”. O voluntário traz a sua atitude e a organização tem de criar oportunidades significativas. Realizar com alegria.

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A tecnologia não é a única forma de inovar no programa de voluntariado, mas é impossível não pensar nela como ferramenta estratégica para a gestão de voluntários e para ações diversas, lembrando que hoje 94% dos jovens têm celular.

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Em um momento em que as Nações Unidas apresentam os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para o planeta, pensar em atuar como voluntário para contribuir com esses desafios e alcançá-los até 2030 tem sido um incentivador. Alinhar as ações voluntárias a temas como os ODSs, direitos humanos, inclusão, diversidade, meio ambiente e clima é engajador, realizador e inovador. Assim,o é possível agir localmente para a promoção de um mundo melhor.

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