A IBM, uma das maiores companhias de Tecnologia da Informação (TI) do mundo, há cem anos desenvolve inovações e promove o uso da tecnologia em benefício das empresas, instituições e da sociedade, com o objetivo de construir um planeta mais inteligente.
“A companhia acredita que o fenômeno da globalização, que aproxima e conecta pessoas, representa um imenso potencial para ap licar a tecnologia no desenvolvimento de um mundo mais sustentável, com menos desperdício e mais eficiente”, afirma Ruth Harada, diretora de Cidadania Corporativa da IBM Brasil.
Nesse contexto, a Responsabilidade Social é tratada pela companhia como Cidadania Corporativa, em que os negócios, o relacionamento com os investidores e os valores corporativos estão alinhados aos impactos ambientais, sociais e econômicos. Assim, a IBM conduz seus processos de negócios, desenvolve projetos e realiza parcerias com a finalidade de colocar a tecnologia a serviço da sociedade.
“O trabalho da área de Cidadania Corporativa tem por princípio desenvolver e conduzir projetos que contam com o auxílio da tecnologia para a promoção de melhorias que atendam às principais questões críticas da sociedade contemporânea, como desenvolvimento econômico, cidadania, educação e cultura, saúde e meio ambiente. Nosso objetivo é atuar com soluções tecnológicas que produzam resultados em escala global”, explica Ruth.
A diretora destaca que o trabalho social gera triplo benefício: para a sociedade e as instituições, que usufruem o resultado do trabalho; para a IBM, que tem oportunidade de contribuir para a sociedade e o mercado, desenvolvendo seus recursos humanos; e, finalmente, para o funcionário, que tem a oportunidade de se desenvolver pessoal e profissionalmente, utilizando seus conhecimentos.
“Além do desenvolvimento pessoal e profissional, os funcionários têm o orgulho de pertencer e trabalhar em uma empresa que acredita e investe no desenvolvimento da sociedade”, ressalta.
A companhia reconhece a importância de ter seus colaboradores engajados em ações voltadas ao desenvolvimento social e, para valorizar essa prática, disponibiliza recursos tecnológicos gratuitamente (como computadores e licenças de software de colaboração e análise de dados). Esses programas contam com a participação de seus funcionários em atividades de trabalho voluntário junto a organizações não-governamentais. “De 2003 até agora, a IBM registrou mais de 13 milhões de horas de trabalho voluntário desenvolvido por funcionários em todo o mundo”, comenta.
Mentorização
A IBM possui uma longa história de programas inovadores em desenvolvimento de liderança, como a “mentorização”.
Conforme explica Ruth, a companhia tem a mentorização em sua cultura há muito tempo, com o objetivo de ajudar as pessoas a se conectarem com especialistas da empresa e, assim, aprimorarem suas habilidades, desenvolverem sua carreira e atingirem metas específicas do negócio.
“A mentorização é a chave para o desenvolvimento de lideranças na IBM, principalmente porque os funcionários estão habituados a colaborar em equipes espalhadas pelos 170 países onde a companhia atua”, afirma. “Mentorizar é fornecer algum tipo de orientação, presencial ou remotamente. É uma prática muito comum entre nossos colaboradores, que foi replicada para o público externo. Nesse novo âmbito, o processo pode ter como tema o ensino do inglês, mercado de trabalho em TI, gestão, novas tecnologias, entre outros. Dessa maneira, a IBM disponibiliza a expertise de seus funcionários para públicos externos e coloca a tecnologia a serviço da sociedade”, revela a diretora de Cidadania Corporativa.
Entre as ações já realizadas pelo projeto, Ruth destaca alguns exemplos:
O relacionamento entre mentor e “orientando” é realizado com o auxílio do MentorPlace, um programa desenvolvido para a educação e usado principalmente durante o ano letivo. “Trata-se de um programa muito bem estruturado, que permite a comunicação on-line segura entre um mentor e um estudante. Ele está sendo muito utilizado no trabalho voluntário que funcionários da IBM vêm realizando na celebração do centenário da empresa”, comenta Ruth Harada.
O programa começou a ser utilizado em 2000 e, atualmente, seu uso envolve cerca de 6.500 funcionários da IBM e 7.500 alunos de 35 países.
Ruth explica que os funcionários interessados em participar do projeto identificam voluntariamente as habilidades que podem e gostariam de doar como trabalho social. De outro lado, são identificados públicos com uma necessidade ou vontade específica, como os exemplos citados pela diretora. “A IBM disponibiliza uma série de iniciativas conduzidas por instituições não-governamentais parceiras. Dessa forma, eles se engajam e formam grupos de voluntários que se organizam para conduzir a atividade. A empresa disponibiliza ainda uma série de recursos tecnológicos (softwares open source e até recursos financeiros, por vezes), para contribuir com o trabalho social de seus colaboradores”, afirma.
Cada projeto tem um objetivo específico que atende às necessidades de um público, mas, de acordo com a diretora de Cidadania Corporativa da IBM, a troca de experiências e a mentorização são sempre ricas para ambas as partes. Os jovens sentem-se valorizados, ouvidos e, muitas vezes, motivados a continuar estudando e progredindo. Os voluntários percebem o benefício de compartilhar ao mesmo tempo em que aprendem com os demais outros pontos de vista e realidades com as quais não estão acostumados.
Outras ações socioambientais
Além do diferenciado projeto de mentorização, a IBM também conta com diversos programas de caráter socioambiental.
Entre as iniciativas, Ruth Harada destaca o World Community Grid (WCG), que é uma iniciativa de incentivo à doação voluntária de horas ociosas de computador, por meio da qual a IBM contribui com o desenvolvimento de pesquisas científicas em prol do tratamento e da cura de doenças que atingem a população mundial. “A tecnologia de grid computing fornecida pela empresa possibilitou a criação de uma comunidade global onde qualquer pessoa pode contribuir para pesquisas científicas. Entre os principais temas estudados pelo WCG estão Aids, câncer e dengue, além de estudos relacionados à água”.
A capacidade ociosa de milhares de computadores do mundo todo se transforma em um imenso poder computacional. Já são mais de 547 mil pessoas inscritas e mais de 1,725 milhão de computadores envolvidos. “O poder computacional que esses computadores formam atualmente equivale a mais de 443 mil anos de processamento de dados doados para as pesquisas”, ressalta a diretora.
por Paula Craveiro