A partir do primeiro trimestre de 2015, domínio será liberado apenas para organizações sociais comprovadamente sem fins lucrativos
Após 25 anos utilizando o sufixo ‘.org’ na internet, as entidades sem fins lucrativos de todo o mundo poderão, finalmente, escolher entre as opções ‘.ngo’ e ‘.ong’, siglas para organização não governamental. As novas terminações foram aprovadas pela Public Interest Registry (PIR), empresa que desde 2003 administra a terminação ‘.org’, atualmente em uso.
Segundo a PIR, a alteração trará mais segurança a todo o Terceiro Setor, visto que ao reconhecer a autenticidade da entidade, os doadores poderão realizar a transferência de recursos sabendo que o dinheiro irá realmente para uma organização sem fins lucrativos. Acredita-se, inclusive, que haverá crescimento no volume de verbas arrecadadas.
Embora o sufixo ‘.org’ já esteja entranhado na mente das pessoas, a web ainda traz alguns problemas relacionados a ele, pois qualquer pessoa mal intencionada pode criar um site com ele, enganando doadores e amealhando recursos de forma criminosa.
Esta barreira sempre dificultou o trabalho das organizações sociais sérias, que promovem esforços fundamentais em prol da população, muitas vezes dependendo dessas doações para manter ativos os serviços.
Isto ficou bastante claro após pesquisa realizada em maio pela PIR, mostrando que boa parte de organizações sociais – em especial as de menor porte – tem problemas para provar sua legitimidade na internet, principalmente quando envolve transações financeiras.
“Duas de cada três pessoas se sentem mais encorajadas a fazer doações quando o site tem um domínio credenciado, principalmente em casos de desastres naturais, quando milhares de pessoas desejam ajudar, mas não sabem em quem confiar”, afirma a executiva-chefe de operação da PIR, Nancy Gofus.
De acordo com a empresa gestora, o domínio é utilizado por mais de 10 milhões de sites, sendo 39 mil no Brasil. Por ser ampla a gama de entidades em todo o mundo, a PIR fará a verificação desta autenticidade, mas contará com a parceria das associações que supervisionam ou cadastram o trabalho do Terceiro Setor em cada país.
“O processo de validação será amplo. A entidade precisa figurar em nossa base de dados para podermos checar se, dentro das leis do país em que ela opera, é legitimamente uma ONG”, explica Nancy.
A importância da entrada em vigor dos sufixos ‘.ngo’ e ‘.ong’ será ainda maior, pois as organizações cadastradas serão reunidas em um portal, uma espécie de diretório global, algo nunca feito antes.
As entidades serão agrupadas de modo que todo usuário possa realizar buscas por nome, país, região ou causa defendida, como combate à fome, construção de casas, geração de emprego e renda, proteção à infância e juventude, defesa dos animais e do meio ambiente.
O internauta poderá ainda enriquecer sua pesquisa conhecendo melhor a ONG por meio de um miniperfil, com direito a links para mídias sociais e vídeos. Outra novidade é que, por esta plataforma, as organizações sociais sem fins lucrativos poderão receber doações.
A PIR também esclarece aos interessados que podem acessar seu site e se cadastrar para receber notícias. A executiva revela que o Brasil é o terceiro país com mais inscritos até agora, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Já é possível também enviar uma declaração de interesse em ter o sufixo .ong ou .ngo pelo site da PIR.
A mudança nos sufixos também abrirá caminho para a criação de mais opções na internet. A Corporação para a Atribuição de Nomes e Números na Internet (Icann), por exemplo, lançará entre 2013 e 2014 em torno de 1,4 mil novos sufixos, como ‘.book’, ‘.eco’, ‘.sport’.
A Icann é uma entidade sem fins lucrativos, subordinada ao governo dos Estados Unidos e responsável pela alocação do espaço de endereços de internet, atribuição de identificadores de protocolo, administração do sistema de nomes de domínio, entre outras atribuições.
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