Ao se revisitar os mais de 120 anos de história da Avon, é possível verificar que a atuação da empresa no campo social começou muito cedo, em 1955, quando foi fundada em Nova York (Estados Unidos) a Avon Foundation. Com o objetivo de tornar melhor a vida das mulheres de todo o mundo, assim como a de suas famílias, a primeira ação social da ONG foi financiar bolsas de estudos. Desde então, já aplicou milhões de dólares em ações que levam mais saúde, confiança e autonomia às mulheres.
Aberta no Brasil no final da década de 1950, a Avon Cosméticos realiza investimentos sociais pela população feminina do país desde 1994. Mas somente em 2003 é que foi criado o Instituto Avon – entidade que administra e direciona recursos arrecadados pela empresa em prol de causas voltadas para a saúde e o bem-estar da mulher brasileira por meio da mobilização de toda a sociedade: funcionários e revendedoras, entidades da sociedade civil organizada, poder público, empresariado e os próprios cidadãos.
Segundo Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon, todo o trabalho social integra-se ao posicionamento presente na empresa desde seu surgimento: a certeza de que a força da ação conjunta, em rede, é capaz de promover grandes conquistas. “Nós conhecemos a força da mulher como promotora de mudanças, de laços solidários, de desenvolvimento. Sabemos que qualquer pessoa fortalecida, com saúde, dignidade e respeito pode ir mais longe, alçar vôo, manifestar seu potencial. E não podemos aceitar que muitas mulheres, por falta de informação ou de acesso a serviços, tenham suas potencialidades barradas.”
Principais projetos
Ao longo dos últimos anos, os projetos desenvolvidos pelo Instituto Avon mudaram os cenários da saúde da população feminina ao: instrumentalizar espaços que prestam atendimento à mulher, com a doação de mamógrafos, equipamentos de ultra-som, entre outros; tornar o exame clínico das mamas rotina nos atendimentos à mulher via Sistema Único de Saúde (SUS); possibilitar a realização da mamografia a mulheres que nunca tinham feito o exame; e, o mais importante, conscientizar a população sobre a importância da prevenção para a descoberta do câncer no início, aumentando as chances de cura.
Atualmente, a entidade atua com foco especial em dois pilares: a saúde da mulher e a questão de seus direitos e sua cidadania. “No primeiro, temos a campanha ‘Um Beijo pela Vida’e o programa ‘Saúde Integral da Mulher’. No segundo pilar, nossa grande causa é o combate à violência doméstica, que ainda hoje impossibilita o desenvolvimento de muitas mulheres”, explica o diretor executivo.
A campanha “Um Beijo pela Vida” é o atual centro das atenções da entidade, pois é a maior fonte dos recursos que financiam os sete novos projetos apoiados pelo instituto a partir deste ano. Dentre eles está a construção de um dos mais completos e modernos núcleos de prevenção e detecção precoce de câncer do Brasil no Hospital de Câncer de Barretos. É a maior verba já destinada a um único projeto em cinco anos de existência do instituto: R$ 6 milhões, que servirão para patrocinar um andar exclusivamente dedicado ao câncer de mama, com 2.500 m2 de área.
O programa “Saúde Integral da Mulher” tem como objetivo principal articular lideranças municipais na construção de políticas públicas de saúde mais eficientes para o público feminino. O trabalho já alcançou cinco cidades de São Paulo: Jandira, Carapicuíba, Osasco, Itapevi e Barueri. E, este ano o instituto já fechou parceria com as prefeituras de Várzea Paulista e Pirapora do Bom Jesus.
Cipriani conta que a questão da violência doméstica também está ganhando mais força dentro da entidade, pois é uma causa mundial da Avon. “Este ano, estamos lançando no Brasil a Pulseira da Atitude – primeiro produto global da Avon voltado para uma causa. E toda a renda que arrecadarmos no Brasil será revertida para o Fundo das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), uma das mais importantes instituições em defesa da mulher no mundo, para investimento em projetos que combatam a violência doméstica.” Nos Estados Unidos, a Avon Foundation ainda doará 1 milhão de dólares para o Unifem.
Administração e recursos
Constituído como uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), o Instituto Avon tem sua equipe formada por funcionários da empresa – especialistas responsáveis pelas atividades regulares –, além de Lírio Cipriani na direção executiva – único contratado exclusivamente para a função. Os recursos são provenientes de um orçamento anual de cerca de R$ 1,2 milhão doados pela Avon Cosméticos.
Também é fundamental a arrecadação feita pela campanha “Um Beijo pela Vida”, com a venda de produtos exclusivos por meio dos famosos folhetos distribuídos por mais de 1 milhão de revendedoras autônomas. Para se ter uma idéia, em 2007 a arrecadação chegou a R$ 3,6 milhões.
Cipriani revela que, até o momento, o Instituto Avon já disponibilizou R$ 14,1 milhões para 66 projetos apoiados em seis anos, com recursos arrecadados por meio da venda dos produtos. Para prestar conta de toda essa verba, a entidade publica anualmente o seu relatório de atividades, no qual aponta cada centavo utilizado e investido em projetos e ações, além de apresentar o parecer de uma auditoria especializada.
Segredo do sucesso
“A comunicação com nosso público é o nosso tesouro, nossa força. Temos uma rede de 1,2 milhão de revendedoras dispostas a levar informação, revender produtos que apóiam a causa, dar sua contribuição para nossas ações terem efeito na sociedade”, conta Cipriani. Isso porque são impressos em média 6,5 milhões de folhetos de ofertas a cada 19 dias, que vão para todos os cantos do país.
Além de divulgar os produtos da empresa, os folhetos levam informação sobre o câncer de mama e as campanhas realizadas pelo instituto. A prova dessa força é o “Dia do Beijo pela Vida”, mobilização nacional realizada pelas revendedoras que promove eventos em todo o Brasil, firma parcerias e contamina a sociedade com a mensagem de vida que a entidade pretende levar.
A maior conquista do instituto, segundo Lírio Cipriani, é ter beneficiado mais de 1 milhão de mulheres, que estão descobrindo a doença a tempo de curar, que perceberam que precisam cuidar da saúde e conhecer seus direitos, para ganhar mais auto-estima, autonomia e possibilidade de se desenvolverem.
“Acreditamos que poderemos, em certo momento, pensar também em ações voltadas para a educação, o empreendedorismo e toda forma de motivar o crescimento da mulher. Queremos ampliar cada vez mais este trabalho, até chegar o dia em que eles não sejam mais necessários.”
“Não podemos aceitar que muitas mulheres, por falta de informação ou de acesso a serviços, tenham suas potencialidades barradas” Lírio Cipriani, diretor executivo |
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