Um Novo Modo De Pensar Empresas

Por: Paula Craveiro
07 Outubro 2015 - 13h27

Com Foco No Desenvolvimento Socioambiental De Comunidades Carentes, Empreendedores Vêm Criando Empresas Diferenciadas E Mais Preocupadas Com Seu Público-alvo Do Que Apenas Com O Retorno De Seu Investimento Financeiro

Nos últimos anos, um novo modelo de empresa vem conquistando adeptos no Brasil e no mundo ao empregar a criatividade para gerar renda de modo sustentável e inclusivo. “Os negócios sociais são iniciativas economicamente rentáveis que, por meio da utilização de mecanismos de mercado, têm como principal atividade proporcionar soluções para problemas socioambientais, com foco nas comunidades de baixa renda”, explica Danilo Tiisel, advogado especialista em Gestão e Legislação do Terceiro Setor. Trocando em miúdos, são empresas concebidas a partir da lógica de mercado para atender a uma demanda das classes localizadas na base da pirâmide social. Essa demanda costuma ser um problema social nas áreas de educação, saúde, transporte e habitação, por exemplo.

Esse tipo de negócio é amparado por um modelo jurídico com fins lucrativos, cujo lucro ou superávit pode ou não ser distribuído – normalmente, o investidor objetiva o retorno do investimento. A empresa social considera o trabalho em rede, por meio de parcerias, como forma de fortalecer e ampliar o impacto da atuação do negócio, que deve ser positivo, intencional e capaz de atingir um grande número de beneficiados; visa combater o trabalho escravo, forçado ou infantil; zela pela cadeia produtiva, incluindo a seleção e a avaliação dos fornecedores; gerencia o impacto ambiental; e articula-se com as políticas públicas.

De acordo com estudos realizados pelo grupo de estudo do Empreendedorismo em Negócios Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a inovação tecnológica é um componente importante na geração de novos bens e serviços colocados no mercado a preços compatíveis com a capacidade financeira de pessoas e famílias de baixa renda.

Direcionados à população em estado de vulnerabilidade e de baixa renda, suas principais características são o estímulo ao mercado local, por meio da comercialização – a custos acessíveis – de produtos ou serviços capazes de sustentar financeiramente a empresa, de modo que ela não dependa de doações ou de captação de recursos para manutenção de sua operação; compromisso do empreendedor e de sua equipe em melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda, contribuindo para a geração de renda; potencial para alcançar escala; capacitação e formação de mão de obra nas comunidades em que atuam; revitalização e recuperação de áreas degradadas; ampliação das perspectivas de pessoas marginalizadas pela sociedade; e possibilidade de geração de renda compartilhada e autonomia financeira para os indivíduos de classe baixa. Nesse sentido, “no Brasil, nos últimos anos, tem-se notado que os negócios sociais se tornaram relevantes para a melhoria da condição das populações em risco social, sendo considerados referência em iniciativas inovadoras no campo do empreendedorismo social”, destaca Michel Freller, empreendedor social e diretor da Criando Consultoria.

 

Principais Características E Impactos Sociais

  • Foco no atendimento às classes C, D e E, e grupos em situação de risco.
  • Lucro obtido em sua atividade é reinvestido na empresa ou instituição, permitindo reprodução do negócio e expansão escalonável.
  • Público-alvo deve participar das diversas etapas do processo de inovação, produção, distribuição e comercialização.
  • Empreendimento auxilia na inserção no mercado de trabalho, percepção de renda e qualificação laboral, como passaporte para o usufruto da cidadania, auto estima e desenvolvimento do indivíduo e da comunidade.
  • Sustentabilidade financeira de iniciativas e empresas sociais.
  • Oferta de produtos e serviços de qualidade e a preços acessíveis, contribuindo diretamente para o acesso dos grupos de baixa renda a oportunidades e atendimento de suas necessidades básicas (alimentação, saúde, saneamento, habitação e energia) – inclusão social.
  • Formação de mão de obra qualificada e inserção no mercado de trabalho/geração de renda.

 

Como Funcionam Os Negócios Sociais

Nessa modalidade de empreendimento, as empresas visam impacto social e ambiental a partir do próprio core business do negócio, isto é, sua atividade principal deve beneficiar pessoas pertencentes às faixas de renda mais baixas (classes C, D e E) que, segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), equivaliam a cerca de 168 milhões de pessoas. Assim, viabilidade econômica e preocupação social e ambiental têm a mesma importância e fazem parte do mesmo plano de negócios.

Na prática, uma empresa social pode ser configurada com naturezas jurídicas diferentes, operando como negócio, orientando-se pela lei da oferta e da procura, e dedicando-se a conhecer seu público, oportunidades e riscos. A exemplo do que ocorre com um negócio tradicional, deve gerar suas próprias receitas a partir da venda de produtos e/ou de serviços. Sua motivação de existir é primordialmente, ou exclusivamente, em razão de uma causa socioambiental.

Segundo dados do Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), da Universidade de São Paulo (USP), a intencionalidade é um fator importante e diferencial nos negócios sociais, bem como sua relação com a realidade local e o compromisso com o desenvolvimento do território. A análise da realidade social e seu contexto é fundamental para determinar o tipo de negócio social. Em termos jurídicos, no Brasil, essas empresas ou associações podem ser sem fins lucrativos. “Considero um negócio social quando uma associação obtém mais de 50% de suas receitas com a comercialização de produtos ou serviços que tenham a ver com sua missão – como é o caso do cursinho da Poli, por exemplo, que é uma associação e ‘vende’ aulas –, ou a formatação de uma estratégia inovadora para ser vendida e que possa ser replicada em outras organizações da sociedade civil (OSCs), como a recuperação de dependentes químicos ou uma empresa que visa ao lucro e que dedica uma parte maior do que 50% de seu lucro para uma causa. Pode ser, ainda, com a venda de serviço ou produto que beneficie uma parte da população – como uma empresa de reciclagem”, diz Freller.

Um mapeamento recente, realizado pela Ande Polo Brasil, apontou que os negócios sociais mais visados pelos investidores são os de serviços financeiros, seguidos por iniciativas enfocadas na saúde, educação e cultura. Aparecem também na lista empreendimentos voltados para a agricultura e alimentos, moda e decoração, tecnologia e energia, turismo, habitação e canais de distribuição

 

Negócios Mais Visados Por Investidores Sociais

  • Serviços financeiros
  • Saúde
  • Educação
  • Cultura
  • Agricultura
  • Moda e decoração
  • Tecnologia
  • Energia
  • Turismo
  • Habitação
  • Canais de distribuição

 

Modelo De Negócio

Para Muhammad Yunus, economista bengali fundador do Grameen Bank (primeiro banco do mundo especializado em microcrédito, concebido para erradicar a pobreza no mundo) e ganhador do prêmio Nobel da Paz em 2006, negócios sociais são um novo modelo de empresa que faz oposição à teoria econômica dominante, segundo a qual o único tipo de negócio existente é o que maximiza os lucros de seus donos. Para ele, “seres humanos querem ser úteis e suas empresas devem beneficiar pessoas, sem fazer filantropia, sem ter prejuízos, baixa produtividade e perdas econômico-financeiras. Empresas ditas sociais devem maximizar o impacto social de sua atividade econômica”, pontua o economista.

Com base nessa afirmação, o que distingue essas empresas das demais iniciativas comerciais é a intencionalidade da missão empresarial, isto é, o propósito social e ambiental está absolutamente intrínseco àquilo que ela faz e à busca por mudança positiva na sociedade. Empresas sociais têm objetivos sociais primordiais, como mencionado no início desta matéria, nos quais a receita gerada é reinvestida principalmente para os propósitos do negócio ou na comunidade, ao invés de serem destinados à necessidade de maximização de lucro dos acionistas e proprietários.

Negócios Sociais Sob As Perspectivas Europeia E Norte-americana

No Brasil, o termo “negócios sociais” designa genericamente empresas capazes de gerar impacto social e produzir lucro, que tanto pode ser reinvestido no próprio negócio quanto pode ser repartido entre os acionistas.

Já na Europa, segundo a rede de pesquisa Emergence of Social Enterprise in Europe (Emes), as empresas sociais são definidas como: “organizações com o objetivo explícito de beneficiar a comunidade, iniciadas por um grupo de cidadãos, nas quais o interesse material dos investidores capitalistas é sujeito a limites”. Outra definição, criada em 2001 pelo Departamento de Comércio e Indústria do Governo do Reino Unido, pontua que “as empresas sociais são negócios com objetivos sociais primordiais, nos quais a receita gerada é reinvestida principalmente para os propósitos do negócio ou na comunidade, ao invés de ser destinada à necessidade de maximização do lucro dos acionistas e proprietários”, uma vez que o lucro resultante das operações comerciais deve ser reinvestido na própria organização para potencializar seu crescimento e seu impacto social.

Por outro lado, nos Estados Unidos, o termo predominante é “negócio social”, apropriado por organizações sem fins lucrativos que decidiram atuar no mercado por meio da venda de bens e serviços, e compreendido como qualquer ação empreendedora de mercado que tenha impacto social com sua ação comercial, vinculada a estratégias da base da pirâmide (BoP – sigla, em inglês, de bottom of the pyramid). Muitas vezes, o termo é utilizado para definir uma empresa que tenha objetivo social, como na Europa, ou uma unidade de negócio inserida em uma empresa tradicional.

Desde 2008 vigora, nos Estados Unidos, uma lei que criou uma nova forma jurídica de organização chamada L3C (Low-Profit, Limited Liability Company), uma empresa híbrida – mescla de empresa sem fins lucrativos e empresa por lucro. Esta modalidade seria uma empresa limitada designada para atrair investimentos e capital filantrópicos com o objetivo de prover benefício social, sendo seu principal foco o fator social e, secundariamente, a preocupação com o lucro. Outra inovação jurídica norte-americana, de 2011, são as benefit corporations, criadas para prover benefício ao público geral, com impacto positivo e material na sociedade e no meio ambiente.

Setores Econômicos Prioritários

Para cumprir sua missão social, essas empresas ou entidades optam por realizar suas atividades em áreas consideradas estratégicas do ponto de vista socioambiental e, portanto, fundamentais ao seu público-alvo e ao seu desenvolvimento.

Segundo dados do Sebrae, os setores econômicos prioritários são:

Distribuição De Lucro

 Atualmente, existem duas correntes divergentes quanto à distribuição de lucros gerados pela operação do negócio social. A primeira, liderada por Muhammad Yunus, defende que os investidores podem recuperar apenas o capital investido, sem direito a lucro e a dividendos. Segundo o economista, o lucro deve ser integralmente reinvestido na empresa e destinado à ampliação dos benefícios socioambientais.

Outra corrente, esta mais ampla, representada por Stuart Hart e Michael Chu, professores estudiosos do tema das Universidades de Cornell e de Harvard, nos Estados Unidos, defende a distribuição de lucro por entender que isso ajuda a atrair mais investidores e permite, assim, a criação de novos negócios na velocidade necessária para superar os desafios sociais existentes no mundo.

Negócio Social E Geração De Renda

“A diferença entre geração de renda e negócios sociais é que os últimos aliam a atividade econômica ao impacto social – a própria atividade econômica gera impacto social. Na geração de renda, a atividade econômica é um meio para gerar recursos a serem empregados na finalidade social da organização”, diz Danilo Tiisel, elucidando a habitual confusão existente entre os termos “geração de renda” e “negócios sociais”.

O advogado explica, ainda, que os negócios sociais visam estimular o acesso ao trabalho, fortalecer os direitos individuais, reduzir a vulnerabilidade do indivíduo e de comunidades, fortalecer redes, além de promover a formação profissional, a cidadania, a saúde e a segurança alimentar, o acesso à educação, à cultura, à moradia, entre outros.

Michel Freller explica que existem três tipos de geração de renda:

1. Foco no beneficiado da organização:

nesta modalidade, “são muitos os riscos da operação comercial para não gerar vínculo empregatício nem equiparação ao trabalho escravo, no qual o beneficiário produz e a OSC comercializa e repassa a verba para quem produziu”, diz o empreendedor. Para esses casos, é recomendada a abertura de uma cooperativa ou uma MEI (empresa de microempreendedor individual).

2. Diversificação de fontes e estratégicas das organizações:

“recomenda-se a diversificação quando uma associação produz e/ou vende algum produto ou serviço, cujos objetivos são trazer recursos para a organização, divulgar a causa e prestigiar os voluntários”, afirma Freller. Por exemplo: comercialização de canecas e de canetas com o logotipo da instituição, venda de artesanato feito por voluntários, bazares e leilões de produtos novos ou usados, leilão de vinho da Associação de Pais e Amigos do Excepcional (APAE-SP), bazar da União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (Unibes) e do Lar escola São Francisco.

3. Híbrido:

mescla entre os dois tipos anteriores de projeto de geração de renda, com os mesmos riscos.

Geração De Renda

  • Atividade econômica realizada por organização sem fins lucrativos.
  • Não há distribuição de lucro.
  • Visa gerar renda para organização.
  • Organização sem fins lucrativos utiliza mecanismos de mercado.
  • Possibilidade de utilização de benefícios fiscais (imunidades e isenções).
  • Normalmente, captam-se recursos para investimento inicial por meio de doação.

 

Principais Diferenças

Negócios Sociais

Geração De Renda

  • Aliam atividade econômica e impacto social.
  • Normalmente é desenvolvido por empresas (organizações com fins lucrativos), podendo também ser desenvolvidos por organizações sem fins lucrativos.
  • Pode haver distribuição de lucros ou não.
  • Quando empresa, conta com proprietários.
  • Mobiliza recursos por meio de fundos de investimentos com expectativa de retorno, empréstimos, participação acionária.
  • Objetiva-se o retorno do investimento ao investidor.
  • A atividade econômica é meio para gerar recursos a serem empregados na organização.
  • É desenvolvido por organizações sem fins lucrativos.
  • É vedada a distribuição de lucros.
  • Não há proprietários, apenas administradores.
  • Contam com benefícios fiscais relativos às organizações sem fins lucrativos.
  • Investimento normalmente é feito por meio de doação sem objetivo de retorno.

Social × Tradicional

“O negócio social tem como objetivo e atividade principal o impacto social, que deve ser intencional. Já o objetivo principal do negócio tradicional é o lucro”, pontua Tiisel.

Para compreender melhor, o advogado cita o exemplo de uma empresa que fornece eletricidade solar para uma comunidade rural isolada no Estado do Pará. “Esse serviço pode ser considerado um negócio social pelas condições da realidade local e pela relevância para a demanda. No entanto, esse mesmo negócio social, gerido pelos mesmos empreendedores, não teria a mesma relevância em uma cidade como Campinas, no interior de São Paulo, onde toda a população está conectada à rede elétrica regional, e, por isso, não seria considerado um negócio social”.

Além disso, outra importante diferença entre esses tipos de negócios é que esta iniciativa não é desenvolvida para ganho pessoal, e sim para benefício de um grupo de pessoas. “Imagine um caso típico de empreendedor individual, morador de uma comunidade carente, que decide abrir seu próprio negócio como meio de geração de trabalho e renda: uma casa de empadas. Esse caso não deve ser considerado um negócio social apenas pelo fato de ser gerido por um empreendedor de baixa renda nem pelo fato de ele atuar dentro de uma comunidade pobre. Porém, se esse mesmo negócio fosse uma iniciativa de um empreendedor que estivesse diretamente dedicado a mudar a situação econômica e social de um grupo de pessoas, poderia ser considerado um negócio social”, explica Freller. Para ser compreendido como um empreendimento social, sua estrutura empresarial deve ser diferenciada de uma tradicional ao permitir a participação do público beneficiado na gestão e sua inclusão em diferentes partes da cadeia produtiva.

Perfil Do Empreendedor

Com base em levantamentos realizados pelo Sebrae, os empreendedores desse tipo de negócio são indivíduos das classes C, D e E, que fazem parte da cadeia produtiva e que desenvolvem produtos e/ou serviços capazes de gerar impactos socioambientais positivos às comunidades locais. Costumam ser profissionais recém-formados ou estudantes universitários com interesse em desenvolver uma carreira de negócios na qual não basta apenas o lucro; para eles, há necessidade de se aliar lucro ao impacto social positivo.

“Esses investidores normalmente são indivíduos envolvidos em empreendedorismo coletivo, solidários e geridos por eles mesmos (empreendimentos da economia solidária, empreendimentos de comércio justo, cooperativas, associações de produtores rurais etc.) e, muitas vezes, são pessoas oriundas de grupos com dificuldade de inserção no mercado de trabalho, como egressos do sistema penal, pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais, minorias étnicas (indígenas e comunidades quilombolas) e jovens em situação de risco social”, explica Danilo Tiisel.

Freller destaca outra importante característica dos empreendedores sociais: “Como qualquer empreendedor, essas pessoas devem estar propensas ao risco e preparadas para resultados ruins no início da operação, além de ter recursos (próprios ou de terceiros) e tempo para investir”.

Entendendo Os Negócios Sociais Na Prática

A seguir, apresentamos uma série de exemplos de empresas sociais. Para facilitar a compreensão sobre o que, de fato, é um negócio social, foram destacadas informações sobre as áreas de atuação das empresas e instituições selecionadas, bem como o que cada uma delas faz e o impacto social de seu trabalho.

Negócios Tradicionais

Negócios Sociais

Impactos

A principal função social da empresa é gerar lucro para seus acionistas. Empreendimentos que visam ser rentáveis e lucrativos, mas gerando impacto social e contribuindo para redução da pobreza.

Investidores

Não consideram o impacto social. O foco é o modelo de negócio que maximize sua rentabilidade. O impacto social é importante na hora de escolher o projeto a ser financiado.

Público-Alvo

Classes A, B e C. Nos últimos anos, a classe C tem sido um grande filão de mercado por conta do número de pessoas e do aumento do poder de consumo. Faixas de renda mais baixas (base da pirâmide) e classes C, D e E.

 

EMPRESA SETOR O QUE FAZ IMPACTO SOCIAL
Aoka
São Paulo/SP
http://aokatours.com.br
Turismo Leva turistas para comunidades pobres como Mamirauá (Reserva de Desenvolvimento Sustentável), no Amazonas. Seu modelo de negócio foi desenhado para oferecer experiências únicas aos turistas e gerar valorização das culturas locais e trabalho e renda às comunidades. Gera renda para mais de 100 pequenos negócios, como pousadas, lojas e restaurantes.
Banco Palmas
Fortaleza/CE
www.bancopalmas.org.br
Serviços financeiros Banco comunitário que oferece microcrédito, capacitação para pequenos empreendedores e canais de comercialização de seus produtos. Concedeu mais de 5 mil empréstimos de microcrédito produtivo. Mais de 18 mil famílias foram beneficiadas pelo empréstimo ou por meio de capacitações.
Biofílica Investimentos Ambientais S/A.
São Paulo/SP e outros municípios do Norte
e do Sudeste
www.biofilica.com.br
Preservação do meio ambiente Trabalha na gestão e na conservação de florestas na Amazônia a partir da comercialização dos serviços ambientais, investimentos em pesquisas, e desenvolvimento socioeconômico das pessoas e comunidades que habitam as áreas sob gestão. Cria e desenvolve mercado de créditos ambientais, que permite a redução do desmatamento, a valorização da floresta em pé e dos serviços ambientais por ela prestados.
CIES
Florianópolis/SC
www.projetocies.com.br
Saúde Projeto social de saúde móvel que conta com estrutura híbrida de organização: a Associação Beneficente Ebenézer e a empresa Fleximedical. Foca na saúde preventiva em comunidades por meio de atendimento médico humanizado e especializado, e utilizando equipamentos de alta tecnologia. Torna a saúde especializada de qualidade acessível a comunidades vulneráveis e leva conhecimento de prevenção para um setor mais carente de informações.
Daspu
Rio de Janeiro/RJ
www.daspu.com.br
Moda Grife criada para gerar visibilidade e recursos para prostitutas beneficiárias da ONG Davida. Viabiliza recursos financeiros para a luta das prostitutas da ONG Davida, por meio do desenvolvimento e comercialização de peças de vestuário.
Dossier Digital
Salvador/BA
http://dossierdigital.ws
Tecnologia
da informação
Treina jovens de baixa renda como desenvolvedores de aplicativos de software para microempresários. Capacita e gera renda para os jovens atendidos pelo projeto.
F123
Curitiba/PR
www.artemisia.org.br/ace_portfolio.php
Tecnologia da informação Possibilita o acesso à educação e a oportunidades de trabalho aos portadores de deficiência, a partir do desenvolvimento e da comercialização de tecnologias assistivas baseadas em software livre, facilitando o acesso pelo baixo custo e complexidade. Capacita e gera renda para portadores
de deficiência.
Idesam
Manaus/AM
www.idesam.org.br
Meio ambiente Promove a valorização e o uso sustentável de recursos naturais na Amazônia, a partir de alternativas para a conservação ambiental, desenvolvimento social e mitigação das mudanças climáticas. Promovem diversos projetos voltados para a preservação da Amazônia, além de cursos de capacitação e palestras informativas e formadoras para a população.
Imembuí
Santa Maria/RS
www.imembuimicrofinancas.org
Serviços financeiros Fornece crédito ágil e desburocratizado para pequenos empreendedores, a maioria deles comerciantes formais ou informais excluídos da política do sistema financeiro tradicional. Promove a sustentabilidade de pequenos empreendedores, manutenção e criação de postos de trabalho e geração de renda, contribuindo para o resgate de dignidade e cidadania.

 

Incubadora Afrobrasileira
Rio de Janeiro/RJ
http://ia.org.br/
Incubadora de negócios Incubadora de empresas com abordagem étnica no Brasil, com o objetivo desenvolver o papel econômico da população negra por meio da implementação de novos empreendimentos. Promove o fortalecimento de micro e pequenas empresas, e oferece quatro tipos de serviços gratuitos: formação em gestão, consultoria, apoio logístico e assistência técnica.
Instituto Ecotece Vestir Consciente
São Paulo/SP
www.ecotece.org.br
Moda e meio ambiente Atua em agências de criação e conhecimento, projetos sociais e produtos ecológicos que geram renda e comunicam valores éticos. Gera soluções criativas na moda que promovam o vestir consciente com o desenvolvimento de produtos sustentáveis e práticas educativas.
Museus Acessíveis
São Paulo/SP
http://museusacessiveis.wordpress.com
Cultura Promove a mudança cultural em museus e instituições culturais oferecendo orientação para o desenvolvimento de projetos culturais de acessibilidade para pessoas com deficiência. Forma gestores culturais para o atendimento de pessoas com deficiência em museus e outros espaços, desenvolvimento de produtos e projetos de acessibilidade e difusão de informações sobre acessibilidade em instituições culturais.
Projeto Raízes
Belo Horizonte/MG
www.raizesds.com.br
Turismo Promoção do turismo de base comunitária no Vale do Jequitinhonha e de arranjos produtivos locais com enfoque no turismo e artesanato. Promove articulação entre consumidores e comunidades locais, dissemina a cultura e geração de renda para a população local, inserção do olhar de mercado na produção de artesanato e no recebimento de turistas, e ampliação das capacidades e do potencial turístico.
Quadrado Mágico
Fortaleza/CE
http://1.qmagicobr.appspot.com/plataforma
Educação Aulas e exercícios interativos de matemática, de alta qualidade, disponibilizados gratuitamente em uma plataforma online. Ampliação do aprendizado para alunos do Ensino Fundamental e Médio de forma lúdica e com utilização de tecnologias da informação.
Sementes de Paz
São Paulo/SP
www.sementesdepaz.com.br
Agricultura orgânica Delivery de alimentos orgânicos que, através de preços justos e transparentes, promove investimentos para qualificação e eficiência na cadeia produtiva da agricultura ecológica. Apresentando-se como elo entre produtores e consumidores, mantém parcerias com mais de 50 produtores e já proporcionou acesso a alimentação saudável e responsável a mais de 2 mil famílias na cidade de SP.
Solar Ear
São Paulo/SP
www.solarear.com.br
Saúde Produz aparelhos auditivos digitais e recarregáveis por energia solar a preços baixos para pessoas com deficiência auditiva. A montagem dos aparelhos e do recarregador de baterias solares é realizado por jovens surdos brasileiros com colaboração técnica de jovens surdos na África. Desenvolvimento de tecnologia social, formação e empregabilidade de jovens com deficiência, e acessibilidade a aparelhos auditivos para população com deficiência auditiva.
Solidarium
Curitiba/PR
www.solidarium.net
Canais de distribuição Articulação entre pequenos produtores artesanais e grandes redes varejistas e comercialização online para venda direta ao consumidor. Gera renda para cerca de 1.450 cooperativas, que empregam mais de 6.500 artesãos em todo o Brasil.
Terra Nova
Curitiba/PR
www.grupoterranova.com.br
Regularização fundiária Promove acordos para solucionar conflitos fundiários entre proprietários de terra e famílias assentadas. Já regularizou endereços de mais de 22 mil pessoas em três estados brasileiros.
Tic Educa
São Paulo/SP
www.ticeduca.com.br
Educação Tecnologia da informação comunicação Aprimora a dinâmica de ensino e aprendizagem no Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas. Capacita professores e desenvolve games para tablets, baseados no currículo da educação, oferecendo solução complementar de conteúdos e metodologias para aplicação de tecnologia e mobilidade na educação.

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