Vivemos, nos dias atuais, um ambiente de instabilidade marcado por incerteza, competitividade e complexidade, o qual demanda dos gestores o aprimoramento contínuo de seus sistemas de controles gerenciais e estratégicos, para garantir a sustentabilidade econômica de suas organizações, mesmo não tendo fins lucrativos. Por isso, é fundamental que os recursos de instituições do Terceiro Setor sejam corretamente empregados no cumprimento de seus objetivos institucionais de forma segura, sem perdas, desperdícios ou desvios, além da transparência necessária das suas operações.
Nesse contexto, essas instituições precisam investir fortemente em estratégias gerenciais que agreguem valor e, ao mesmo tempo, segurança para a organização, além de permitir aos gerentes dos diversos níveis a tomada de decisões operacionais pertinentes à sua esfera de responsabilidade, com segurança e assertividade, considerando os recursos e as competências disponíveis, a transparência e a credibilidade.
Diante disso, o controle interno apresenta-se como a ferramenta que organiza e integra os procedimentos e os processos das instituições, com o objetivo de minimizar riscos, proteger o patrimônio, dar efetividade às informações e garantir a implementação das estratégias e das operações que os gestores desenharam em seus pensamentos e orientações estratégicas. Dessa maneira, têm-se os controles internos como a base dos procedimentos de controladoria e de governança corporativa das instituições1.
Esse controle necessita ser detalhado e específico para cada tipo de instituição, variando conforme suas atividades, ambientes, riscos, operações e necessidades de informação, comunicação e monitoramento. Entretanto, independentemente das diversas possibilidades de diferenciação entre uma entidade e outra, um desenho completo e objetivo para o acompanhamento das operações é imprescindível para uma gestão eficiente e eficaz da instituição, servindo como um plano estendido de garantia das operações.
Os controles internos podem ser divididos em:
Para a gestão contábil, os controles internos são definidos como o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados, com a finalidade de:
A importância dos controles internos também fica evidente nos trabalhos de revisão e de auditoria das informações contábeis, nos quais a avaliação dos controles da instituição é a parte fundamental do planejamento e da execução dos trabalhos, sendo necessária para analisar a efetividade operacional da instituição na prevenção, detecção e correção de distorções relevantes que poderiam de alguma maneira influenciar a opinião dos usuários interessados nas informações dos demonstrativos contábeis daquela instituição (que são derivadas do seu sistema de controle interno). Por isso, podemos perceber que as instituições que passam por procedimentos de auditoria recorrentes têm sido naturalmente forçadas a aprimorar os seus controles internos e a melhorar a qualidade informacional dos seus demonstrativos contábeis.
Em nossa experiência nos trabalhos desenvolvidos no Terceiro Setor, podemos elencar as principais dificuldades encontradas nessas instituições – e pelos gestores – no desenho e na implantação de seus controles internos contábeis:
Assim, a aplicação do controle interno, ferramenta de gestão organizacional, somente é possível por meio do entendimento dos sistemas gerenciais e procedimentos internos. Nesse sentido, apesar de cada instituição poder utilizar seu próprio sistema de controle interno, todas devem possuir os mesmos objetivos: eficiência operacional, segurança, confiabilidade e transparência das informações. A busca pelo aprimoramento contínuo e o desenvolvimento do ambiente gerencial devem ser a meta dos gestores para a sustentabilidade organizacional e, consequentemente, econômica das instituições.
Portanto, podemos concluir que esse investimento contínuo em aprimoramento nos controles internos e nos sistemas de controles gerenciais é indispensável para o desenvolvimento e até mesmo para a sobrevivência das instituições no Terceiro Setor.
1Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGG), governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria e conselho fi scal.
2Resolução n.º 1.135/2008 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
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