Nem tudo são palestras na programação do FIFE 2025, o Fórum Interamericano de
Filantropia Estratégia, que acontece até sexta-feira 11, em Curitiba. As rodas
de conversa no auditório do Viasoft Experience também chamam a atenção da
plateia, sobretudo quando o tema é inovação. Foi o que aconteceu no painel
Inteligência Artificial e seus impactos no setor social.
Marco Iarussi, Carol Alencar, Amanda Riesemberg e Áureo Gionco Junior (Foto)
Especialista em marketing do Terceiro Setor e CEO da agência BC Marketing, Amanda defendeu o uso estratégico da inteligência artificial como competência essencial no mundo do trabalho. Segundo ela, a IA deixou de ser uma tendência futura para se tornar uma ferramenta incorporada ao presente. “Não vamos mais conhecer um mundo sem inteligência artificial”, afirmou. Para Amanda, o desafio está em entender como cada profissão pode integrar essas tecnologias ao cotidiano profissional.
Ela, que também é presidente da ONG Nossa Causa, acredita não ser necessário as ONGs dominarem todos os recursos disponíveis de IA, mas é fundamental saberem como essa ferramenta pode colaborar com a atividade que cada uma exerce. Na comunicação da organização, um jornalista, por exemplo, pode otimizar processos de apuração e produção de texto; um designer pode agilizar tarefas repetitivas e ampliar suas referências criativas.
Marco, Carol e Áureo também contribuíram com o debate. Para eles, é fundamental a organização ter suas informações institucionais na ponta da língua para poder ditar comandos melhores. O ponto de partida é a curiosidade: afinal, a própria IA ensina os usuários o que eles podem fazer com ela e como podem contribuir com suas rotinas. “Tudo é uma questão de não ter medo de tentar”, disse Marco.
Um relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que a América Latina ainda está nos estágios iniciais no uso da tecnologia para esse fim. Para Áureo, essa em vez de isso ser encarado como obstáculo, o ideal é enxergar as oportunidades da tecnologia: “Temos muito espaço para crescer”. Para quem ainda não se sente confortável com a IA, todos sugeriram começar pelo uso cotidiano. "Só testando é que o Terceiro Setor vai se acostumar”, foi a dica final dos convidados.
Uso de dados - A tecnologia também atraiu o público na palestra "Decisões baseadas em dados: o futuro das Organizações Sociais, ministrada por Florian Paysan, CEO da empresa 3i Dados e Impacto. Apaixonado pela mensuração de impacto socioambiental e por decifrar informações coletadas pelas ONGs, ele defendeu a importância da democratização da cultura de dados nas organizações sociais. "O Terceiro Setor precisa perder o medo do Excel", brinca.
O papel da inteligência artificial também foi lembrado por ele, como apoio à análise de pesquisas. “Dado não é só número. Ele conta uma história”, resumiu o palestrante, que trouxe dicas práticas de visualização de dados.
Ao comparar gráficos genéricos com versões otimizadas, ele provou como cores, títulos informativos e simplificação de elementos visuais ajudam a transmitir mensagens com mais clareza. “Gráficos de pizza, por exemplo, dificultam a leitura. Barras funcionam melhor quando queremos destacar comparações”, explicou, reforçando que até quem não domina o Excel pode aplicar essas técnicas para fortalecer a comunicação institucional.
Por fim, o público foi provocado a refletir sobre o próximo passo na gestão de dados em suas próprias organizações: melhorar a coleta? A análise? A visualização? Independentemente da resposta, a recomendação foi investir em uma cultura interna que valorize o uso de dados como base para decisões estratégicas. “Dados só fazem sentido se forem usados para pensar o futuro e gerar o impacto que a gente quer no mundo”, concluiu.
Sobre o FIFE 2025
Realizado até 11 de abril, o evento contou com mais de 100 atividades, a participação de 90 palestrantes do Brasil e exterior, que versaram sobre os temas de legislação, tecnologia, comunicação, marketing, captação de recursos e voluntariado, além de uma feira com prestadores de serviços para as organizações sociais.
O FIFE 2025 recebeu o apoio de parceiros como Movimento Bem Maior (Patrocínio Ouro); Lima & Reis Sociedade de Advogados (Patrocínio Patra); Agência Pauta Social, Psicólogos Sem Fronteiras, M. Biasioli Advogados, TechSoup Brasil (Patrocínio Bronze). Saiba mais em https://www.filantropia.ong/.
Fonte e foto: Rede Filantropia
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