Quando se fala de continuidade das organizações, independentemente do seu porte ou segmento, logo se remete à necessidade de captação de recursos.
Ou seja, pelo menos a princípio, a sobrevivência de uma organização parece estar diretamente relacionada com a sua capacidade de obter recursos, seja por fontes externas (financiadores, credores ou governo), seja por geração própria (lucro/superávit).
Contudo, estudos1 têm demonstrado que fatores associados à gestão, além de questões econômicas, são essenciais para o crescimento sustentável de qualquer organização.
Assim, o desenvolvimento e a aplicação da governança corporativa2 pelas entidades vêm se apresentando como um mecanismo que contribui para a sobrevivência e o crescimento corporativo, por possibilitar o aumento do valor da instituição e facilitar seu acesso ao crédito.
Nesse contexto, a gestão de uma instituição com boas práticas de governança corporativa deve ser pautada, entre outros fatores, nos seguintes aspectos:
A gestão com governança corporativa passa a ter enfoque na qualidade das informações, tanto no aspecto de prestação de contas como exigência legal quanto na visão da responsabilidade social e econômica.
Nesse sentido, esse modelo de gestão possibilita administração mais eficiente, fundamentada em maior nível de procedimentos operacionais e gerenciais.
Adicionalmente, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC)3 ressalta que boas práticas de gestão são fortalecidas quando há atuação de auditoria independente, por se tratar de um agente de governança corporativa de grande importância no fortalecimento da transparência, além de auxiliar no processo de melhoria dos procedimentos da instituição, contribuindo para o desenvolvimento e incremento dos índices de governança corporativa.
Assim, a aplicação da governança corporativa, aliada à contratação de auditoria externa especializada no segmento do Terceiro Setor, aumenta a transparência e credibilidade das informações divulgadas, bem como o controle operacional e financeiro eficaz, e oportuniza processos claros e completos de prestação de contas.
Ou seja, o passo primordial para a perpetuidade das instituições, ou, ao menos, ao aumento de sua longevidade, é a sua boa gestão, pois isso credencia as entidades a criarem valor de seu negócio (tanto na visão social que se presta quanto na visão econômica), uma vez que propicia eficiência operacional e administrativa e maior atração de recursos.
Referências
1Serviço Brasileiro De Apoio às Micro E Pequenas Empresas (Sebrae).
Sobrevivência das Empresas no Brasil. São Paulo: Sebrae, 2013; DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
2Segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de administração, diretoria, auditoria e conselho fiscal.
3Segundo o IBGC, governança diz que toda organização deve ter suas demonstrações financeiras auditadas por auditor externo independente. Sua atribuição básica é verificar se as demonstrações financeiras refletem adequadamente a realidade da sociedade.
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