Gestão Por Competência

Por: Silvia Naccache
18 Abril 2017 - 00h00

Método auxilia no processo de gerenciamento de voluntários

Uma ferramenta interessante e que pode contribuir nos processos de gerenciamento de um programa de voluntariado é o método CHA, também conhecido como gestão por competência.

A gestão por competência é um sistema desenvolvido para identificar e administrar perfis que proporcionem resultados positivos para uma organização social e maior satisfação para quem realiza trabalho voluntário. Trata-se de uma alternativa aos modelos gerenciais tradicionalmente empregados pelas organizações. Sua proposta é concentrar esforços no planejamento, na captação, no desenvolvimento e na avaliação das competências necessárias para que a entidade consiga alcançar seus objetivos e, assim, somar competências individuais para a formação de um grupo equilibrado e harmonioso.

A proposta desse método é compreender quais são as competências organizacionais críticas para o sucesso organizacional, desdobrá-las em termos de competências individuais e desenvolvê-las junto ao quadro de colaboradores, funcionários ou voluntários. Uma metodologia de gestão moderna, focada em resultado, satisfação e desenvolvimento permanente.

Esse modelo de gestão direciona sua ação prioritariamente para o gerenciamento das lacunas de competências eventualmente existentes na organização ou na equipe, com o objetivo de eliminá-las ou, ao menos, minimizá-las. A intenção é aproximar ao máximo as competências existentes daquelas que são necessárias para se possa atingir as metas organizacionais.

Minimizar demandas de competências significa, algumas vezes, orientar, treinar, capacitar e incentivar o desenvolvimento individual em busca da melhoria contínua, ou completar a equipe de trabalho com pessoas que tenham as competências desejadas.

Essa forma de gestão promove o equilíbrio entre conhecimento, habilidades e atitude, permitindo a supervisão e a avaliação de desempenho. Sabe-se o quão importante é o conhecimento e as habilidades, mas sem atitude nada disso será colocado em prática.

CHA

 chamada A ferramenta CHA (Conhecimento – Habilidades – Atitude) pode contribuir de forma significativa para:

  • o desenvolvimento de programas de gerenciamento baseado em valores;
  • a descrição do perfil de voluntários e de novas oportunidades ou vagas de voluntariado baseadas em talentos e em trabalho a serem realizados;
  • o mapeamento de competências para implantação e para execução de projetos, processos, procedimentos e capacitação necessárias para a melhoria contínua dos resultados e, também, para o aumento do grau de satisfação dos voluntários.

Por meio do CHA é também possível a identificação de talentos com potencial de liderança e o estabelecimento de metas e de projetos que possibilitem a viabilização de um programa eficiente e eficaz, no qual as pessoas estejam comprometidas. Essa ferramenta pode ser bem eficiente na Gestão de Programas de Voluntariado, permitindo a formação de grupos de trabalho que atuem com alegria e promovam bons resultados.

 

 

Benefícios do CHA com voluntários

  • Melhora o desempenho dos voluntários.
  • Identifica as necessidades de treinamentos.
  • Alinha os objetivos e as metas da organização e da equipe.
  • Reduz a subjetividade na seleção.
  • Analisa o desenvolvimento dos voluntários.
  • Enriquece o perfil dos voluntários.
  • Potencializa os resultados das atividades voluntárias.
  • Melhora o relacionamento entre gestores e liderados.
  • Mantém a motivação e o compromisso.
  • Extrai o máximo de produtividade de cada voluntário.
  • Promove a formação e o equilíbrio (de conhecimentos, talentos e atitudes) de equipes.

Equilíbrio

O CHA promove o equilíbrio entre Conhecimento, Habilidade e Atitude.

Conhecimento é teoria; está na mente das pessoas; pode ser ensinado e aprendido. Nas organizações, em grande medida, o conhecimento, em geral, é tácito, presente apenas na mente do profissional. O grande desafio é transformar esse conhecimento em patrimônio da organização, que deve ser conhecido e vivenciado por todos aqueles que nela atuam. Conhecimento é o SABER da organização.

  • Em um programa de voluntariado missão, valores, atividades a serem realizadas, quem supervisiona, ferramentas de valorização e de avaliação, direitos e deveres, normas e procedimentos, resultados esperados.

Habilidade é talento, qualificações. Muitas vezes, não pode ser aprendida. Em geral, ela depende de prática, treino, erros e acertos. É o SABER FAZER. Todas as pessoas têm talentos para fazer melhor determinadas coisas, com resultado melhor e mais satisfação pessoal.

  • Em um programa de voluntariado existem talentos e habilidades que são fundamentais, como criatividade, trabalho em equipe, dedicação, responsabilidade, ética, confidencialidade, assiduidade, pontualidade, organização, comprometimento e alegria.

Atitude é a ação, o QUERER FAZER. Muitos profissionais estão poucos dispostos a ter atitudes de mudança. A atitude vai além da vontade e do desejo para uma proatividade assertiva.

Felizmente podemos contar com voluntários que têm saberes e vontades, mas sem atitude, sem o famoso "mão na massa", não teremos resultados. Para ter atitude, é preciso sair da zona de conforto, da teoria que se aprende nas salas de aulas, dos treinos para desenvolver talentos, e disponibilizar-se para a ação!

  • Em um programa de voluntariado desejo de transformar, vontade de gerar mudanças e de participar, motivação, iniciativa e comprometimento.

 

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