FIFE 2024: governança no Terceiro Setor e transformação digital dominaram segunda tarde de palestras

Por: Instituto Filantropia
30 Abril 2024 - 00h00

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A segunda tarde de palestras do Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica começou com os advogados Danilo Tiisel e Rogério Martir, que abordaram temas considerados polêmicos no Terceiro Setor, como ESG (práticas ambientais, sociais e de governança), ética nas organizações e captação de recursos.

Especializado em legislação do Terceiro Setor, gestão e sustentabilidade e diretor-fundador do Grupo Dadivar e da consultoria Social Profit, Tiisel argumentou que pensar só no limite do que é ou não legal, é pouco para quem trabalha com impacto social.

“Este processo envolve a vida de pessoas, a natureza, o bem-estar do trabalhador e tudo o que demanda reflexões e precisa ser melhorado. É importante que isso chegue nas organizações e nas empresas parceiras, para poderem ter um bom diálogo e chegar a denominadores que sejam bons para os dois públicos”, disse o advogado.

Focado em direito empresarial e direito do trabalho e sócio na Martir Advogados Associados, Rogério Martir acredita que o Terceiro Setor ainda vive uma cultura de engessamento.

“A organização não precisa viver somente às custas do governo. Quando se fala em profissionalização das ONGs, o objetivo é romper paradigmas. Os temas polêmicos têm o propósito de abrir a cabeça das pessoas, para conseguirem vislumbrar possibilidades de atravessar esses padrões”, ressaltou.

Mais adiante, os principais aspectos que envolvem a governança aplicada ao Terceiro Setor deram o tom da palestra do professor Dalton Sardenberg. Abordando de imediato os desafios da escassez de recursos, da diminuição do interesse da população pelo voluntariado e da falta de credibilidade e transparência, a apresentação proporcionou uma análise aprofundada dessas questões críticas, destacando a importância da governança para enfrentar os desafios e promover o desenvolvimento no Terceiro Setor.

Além disso, o professor afirmou que falar sobre governança é também falar sobre o poder em uma organização, seja ela uma empresa aberta, cooperativa, familiar ou da sociedade em geral.

“É fundamental que as organizações da sociedade civil busquem constantemente aprimorar seus controles e funcionamento de governança corporativa para atender às expectativas dos doadores, garantir a confiança da sociedade e cumprir seu papel de forma eficaz e duradoura", explicou.

Em seguida, coube à sócia-fundadora da WebIGI, Rafaela Ramos, apresentar a palestra “Transformação digital no Terceiro Setor: como deixar o trabalho burocrático com a tecnologia e dedicar o seu tempo para o que mais importa: a sua causa!”. Com muita experiência na área, ela enfatizou a importância de transitar entre o mundo físico e o digital, destacando como essa transição impacta nossas interações e comportamentos.

Para ela, compreender o funcionamento interno da organização é essencial para garantir que a tecnologia seja aplicada de forma eficaz e alinhada com os objetivos da instituição.

“A transformação digital no Terceiro Setor é um tema crucial atualmente. A inovação e a integração de processos são fundamentais, permitindo que as organizações tenham mais tempo para se dedicar à sua causa principal. A tecnologia pode desempenhar um papel fundamental na otimização das operações e na melhoria da eficiência das organizações”, emendou Rafaela.

As últimas palestras do terceiro dia do FIFE envolveram formas inovadoras de captar doações, investimento social privado e relacionamento com o Terceiro Setor.

A palestra “Cebas, suas mudanças e discussões relevantes sobre a certificação”, reuniu os advogados Guilherme Reis (Lima & Reis Sociedade de Advogados) e Marcos Biasioli (M. Biasioli Advogados) e os contadores Marcelo Monello (Monello Contadores) e Ian Blois (CRC-PA).

Em “Investimento Social Privado e relacionamento com o Terceiro Setor”, fizeram parte da apresentação Lucas Conrado (Estímulo 2020), Indianara Dias (Ambev), Alex Barbosa e Thiago Massagardi (Everest Fundraising).

Houve ainda a “Oficina de construção de metas quantitativas e qualitativas de projetos”, com Michel Freller (ABCR) e Roberto Lang (Criando Consultoria) e a palestra “8 formas inovadoras de captar doações”, com Ruy Fortini (Doare).

Sobre o FIFE 2024

O Fórum foi realizado de 23 a 26 de abril, tendo mais de 100 atividades e 90 palestrantes do Brasil e exterior, que abordaram temas sobre legislação, tecnologia, comunicação, marketing, captação de recursos e voluntariado, além de uma feira com prestadores de serviços para as organizações sociais.

O FIFE 2024 contou com apoio do Lima & Reis Sociedade de Advogados (Patrocínio Ouro); WebTGI e Blois & Oliveira Assessoria Contábil (Patrocínio Prata); Agência Pauta Social, Conecta Brasil, Criando, Mariz Advocacia e VRS Consult (Patrocínio Bronze); ABCR, Escola Aberta do Terceiro Setor e Fundamig. Saiba mais em https://www.filantropia.ong/.

Fonte: Rede Filantropia
Fotos: Divulgação

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