Publicada na revista The Lancet, a pesquisa concentrou-se no período de 2004 a 2009 e avaliou o efeito do programa Bolsa Família sobre as taxas de mortalidade em crianças menores de cinco anos nos municípios brasileiros, centrando-se em causas associadas à pobreza, como desnutrição, diarreia e infecções respiratórias, além de alguns dos potenciais mecanismos intermediários, como vacinação, assistência pré-natal e internamentos hospitalares. Dados de quase 3 mil municípios brasileiros e avançados métodos analíticos foram utilizados. De acordo com o levantamento, o programa reduziu em 17% a mortalidade geral entre crianças nas cidades onde tinha ampla cobertura, sendo que a redução foi ainda maior quando se considerou a mortalidade específica por algumas causas, como desnutrição (65%) e diarreia (53%). O Programa Saúde da Família também contribuiu para a redução da mortalidade. A explicação é que o aumento da renda, possibilitado pela transferência de benefícios, permitiu o acesso a alimentos e a outros bens relacionados à saúde.
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