Qual impacto a crise mundial que se espalha de forma alarmante pelo mundo e que afeta a economia brasileira terá sobre as ações de responsabilidade social das empresas? Analistas debatem em busca de uma resposta para essa e outras perguntas, sem uma conclusão definitiva. O que se percebe é que o incentivo ao voluntariado empresarial, um dos elementos que compõem a responsabilidade social de centenas de empresas, mantém várias de suas ações baseadas nas iniciativas dos colaboradores e não será tão facilmente atingido pela crise.
Não é difícil perceber que é o colaborador quem dá o tom a um programa de voluntariado empresarial. É ele quem mantém a força das atividades, quem motiva e envolve colegas, quem tem a percepção social das organizações para atender ou problemas para resolver. Como resultado desse envolvimento, não é só a empresa que tem vantagens. Claro que o empregador ganha tendo funcionários mais motivados e comprometidos: uma melhor imagem junto à comunidade, marca com mais visibilidade e credibilidade e apoio ao desenvolvimento de ações de transformação social.
Junto com a empresa, a comunidade também sai na frente, uma vez que recebe voluntários criativos, comprometidos e preparados para atuar, dominando questões legais relativas ao voluntariado. A comunidade e as instituições sociais que recebem os voluntários também ganham porque veem sua causa sendo reconhecida, impulsionando novas ações.
Por fim, ganha o funcionário que recebe o reconhecimento da empresa e da comunidade. Além de trabalhar com mais dedicação e compromisso com a empresa, recebe também oportunidades para desenvolver e aplicar novos conhecimentos, desenvolve um sentimento de pertencimento à comunidade e enriquece seu currículo.
Ações de impacto
Dado o impacto social que programas de incentivo ao voluntariado têm na comunidade, entre os funcionários e na própria empresa, avalia-se que eles não serão enfraquecidos pela crise global. Até mesmo porque um programa de voluntariado empresarial bem estruturado implica investimento financeiro da empresa apenas no início do projeto. É em sua fase inicial, quando a empresa detecta a necessidade de organizar a oferta do trabalho voluntário, que há um investimento na formação dos colaboradores para que entendam questões legais e sociais relativas ao assunto. Assim, garante-se o bom funcionamento e a eficácia de um programa de voluntariado empresarial.
Depois desse esforço inicial, que muitas vezes recebe a consultoria de ONGs com expertise e grande atuação na área, como o Centro de Ação Voluntária de Curitiba, implanta-se um comitê de voluntários, funcionários responsáveis por dar continuidade às ações entre os demais colaboradores.
Recursos das empresas são bem-vindos para aumentar o impacto das ações sociais, mas em um programa de voluntariado empresarial são os próprios colaboradores que garantem a execução das ações e a continuidade do programa. Assim, caso sua empresa busque apoio para o desenho de um programa de voluntariado, saiba que o investimento em consultoria é pequeno e por tempo limitado.
Em tempos de crise, saber provisionar dinheiro para as ações que trarão mais resultados positivos é fundamental, mesmo que sejam atividades voluntárias ou sociais. Certamente, o voluntariado empresarial é uma das ações que menos dinheiro demandam e que mais retorno trazem para todos os envolvidos.
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