Entre os meses de novembro e dezembro de 2016, a Rede Filantropia realizou seu primeiro censo setorial. "O objetivo do levantamento foi conhecer um pouco mais sobre os players sociais do Terceiro Setor brasileiro, ou seja, as pessoas envolvidas nesse setor de maneira geral, como gestores de organizações, funcionários, voluntários, investidores sociais, entre outros, e, a partir daí, buscar definir um perfil desses profissionais", explica Marcio Zeppelini, presidente da Rede e um dos coordenadores da pesquisa.
O questionário, composto por 13 perguntas de múltiplas respostas, foi encaminhado por e-mail a cerca de 40 mil entes que compõem a base de contatos da Rede Filantropia, incluindo voluntários, empresas que atuam com investimento social privado, prestadores de serviços para a área social, gestores, entre outros. Ao todo, foram recebidas 394 respostas, volume que equivale a 1% do total de questionários enviados, índice estatisticamente válido como amostra.
O levantamento foi dividido em duas etapas, sendo a primeira delas focada no perfil dos profissionais atuantes no Terceiro Setor, incluindo faixa etária e formação acadêmica; e a segunda, direcionada às organizações sociais especificamente.
O Censo Filantropia 2016 buscou, por meio de perguntas com respostas previamente estabelecidas, em formato de múltiplas alternativas, conhecer um pouco mais sobre os profissionais – remunerados ou voluntários – que integram o Terceiro Setor brasileiro.
Os dados disponibilizados a seguir correspondem às quatro primeiras perguntas do questionário e apresentam um breve panorama de quem são as pessoas atuantes neste segmento.
Das 394 respostas recebidas no Censo Filantropia, 36% dos respondentes indicaram ter idades entre 46 e 60 anos, enquanto aqueles que têm idades entre 36 e 45 anos representam 24,1%.
O levantamento também identificou que há uma grande variação quanto à formação acadêmica dos participantes do Terceiro Setor brasileiro. Entre as áreas que mais se destacaram estão: Administração, com 18%; Serviço Social, com 16%, Contabilidade, com 10,7%; Comunicação e Marketing, com 6,9%; e Direito, com 6,3%.
O que o motivou a ingressar no Terceiro Setor?
Quando questionados sobre os motivos que os levaram a ingressar nesse setor, 154 entrevistados (39,1%) responderam que isso se deu por meio de uma oportunidade de trabalho. Outros 32,2% (127 participantes) justificaram sua entrada nesse mercado por acreditar que seu trabalho ajudaria a deixar o mundo "mais justo". O envolvimento de familiares com alguma causa social foi o terceiro motivo mais citado, destacado por 30 participantes (7,6%).
Em relação ao tipo de vínculo profissional dos participantes da pesquisa, 52,8% dos respondentes – ou seja, 208 pessoas – afirmaram atuar em uma organização social mediante trabalho remunerado, enquanto 75 pessoas (19%) disseram ser voluntários e 50 (12,7%) identificaram-se como prestadores de serviços.
Há quanto tempo se dedica ao Terceiro Setor?
Dos 394 profissionais que responderam ao levantamento da Rede Filantropia, 300 deles (76,1%) estão envolvidos com o Terceiro Setor há mais de cinco anos, enquanto 82 (20,8%) possuem entre um e cinco anos de atuação na área.
Em um segundo momento do Censo Filantropia 2016, foram realizadas nove perguntas a respeito do perfil das organizações sociais em que os profissionais consultados atuavam. Os resultados são apresentados a seguir e destacam aspectos como principais áreas de atuação, disponibilidade orçamentária e número de beneficiários diretos.
Das 394 respostas recebidas no Censo Filantropia, 36% dos respondentes indicaram ter idades entre 46 e 60 anos, enquanto aqueles que têm idades entre 36 e 45 anos representam 24,1%.
Em relação ao orçamento atualmente disponível para as organizações sociais, 28,5% dos participantes do Censo Filantropia afirmaram que suas ONGs dispõem de até R$ 500 mil, enquanto 18,3% disseram ter orçamentos compreendidos entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, e 14,0% apontaram estar entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Dos 394 respondentes, 88 (22,3%) optaram por não responder à questão.
Perguntados sobre as principais fontes de recursos para a manutenção de suas organizações e seus projetos, 45,5% dos participantes afirmaram que suas ONGs têm respaldo financeiro nas doações de pessoas físicas, 38,8% contam com recursos públicos, 28,4% mantêm-se por meio de verbas oriundas de prestação de serviços e 23,6%, a partir de patrocínios.
Sua organização possui voluntários?
Quando questionados sobre o total de voluntários atuantes em suas organizações sociais, 22,1% dos participantes afirmaram que suas ONGs contam com apoio de 1 a 5 voluntários. Já 21,6% apontaram ter entre 5 e 20, enquanto outros 20,6% disseram ter entre 20 e 100 voluntários. No entanto, 95 (24,1%) pontuaram que suas organizações não contam com a atuação de voluntários.
Sua organização possui empregados em regime CLT?
Quando perguntados sobre o número de profissionais atuantes em suas organizações sociais devidamente registrados sob o regime CLT, 21,1% dos entrevistados – o equivalente a 83 respostas – afirmaram que suas ONGs possuem entre 5 e 20 funcionários registrados. Já 20,3% disseram contar com um quadro funcional composto por 20 a 100 colaboradores registrados, enquanto 15,7% contam com 1 a 5 profissionais em regime CLT. Do universo consultado, 20,1% não têm funcionários registrados.
Quantos beneficiários (diretos) sua organização registra por ano?
À pergunta Quantos beneficiários (diretos) sua organização registra por ano?, 24,1% dos participantes do Censo Filantropia 2016 responderam que suas organizações sociais beneficiam entre 200 e 1.000 pessoas anualmente; 19,5% afirmaram atender entre 50 a 200 pessoas; e 18,0% responderam que atendem a um público estimado de 1.000 a 10 mil pessoas. Importante destacar que, dos 394 consultados, 70 (17,8%) pontuaram não fazer atendimentos diretos.
Há quanto tempo existe sua organização?
Em resposta a Há quanto tempo existe sua organização?, 39,3% (155 participantes) disseram que suas organizações sociais têm entre 10 e 30 anos de existência e 36,0% (142) indicaram ter mais de 30 anos. ONGs novas, com menos de dois anos de atuação, correspondem a apenas 4,1%.
Em relação à região em que as organizações atuam, quase metade delas (44,7%) estão localizadas na Região Sudeste e 12,7% estão sediados no Sul. Cinquenta e seis participantes (14,2%) afirmaram que suas organizações atuam em mais de uma região.
"As informações obtidas no Censo Filantropia 2016 ajudaram, ainda que parcialmente, a compreender um pouco mais sobre este setor no Brasil, saber quem são as pessoas que o compõe e como estão distribuídas as prioridades de ação e investimento das organizações", conclui Zeppelini.
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