Captando recursos com o governo federal

Por: Fernanda Lyra
21 Agosto 2013 - 00h44

Quantas vezes você já se pegou em momentos de brilhantes ideias? O sonho cresce, você conversa com um ou outro, procura pessoas para integrar sua equipe, agrega valores, coloca no papel, escreve uma bela justificativa e, certo dia, um edital de chamamento público aparece e se encaixa perfeitamente à sua necessidade.
Sem muita experiência ou inundado com a vontade de realizar o “sonho”, você, já credenciado e cadastrado no Siconv, começa a inserir informações no sistema. Durante a inclusão do “sonho”, você percebe que algumas coisas poderiam ser diferentes e, então, resolve ler o edital.
Nesse momento, você até percebe que deveria ter se preparado melhor, mas esperou o último dia de vigência do programa e se arrisca com as informações que tem, enviando-as para análise. Você dá sorte (ou azar), e o valor proposto está nos limites estabelecidos, o objeto está de acordo com o que será investido e sua instituição tem capacidade técnica para desenvolver o projeto. E, sob essa análise, ele é aprovado.
Durante a execução do seu projeto, você vai descobrindo custos que não foram pensados, começa a perceber que outras atividades precisariam ser desenvolvidas para que o seu objeto fosse alcançado e, então, descobre que tudo isso envolve gastos.
Quando esses custos cabem no orçamento da instituição, tudo se resolve com facilidade. Porém, na maioria dos casos, os recursos são limitados e impossibilitam a execução total do objeto. Em alguns casos, isso retorna em devolução total dos recursos, porém, hoje, a devolução deve ser acrescida de juros e correções, comprometendo o futuro financeiro da instituição.
Captar recursos com o governo federal é uma ótima forma de viabilizar projetos que envolvam grandes valores. Conseguimos ganhar credibilidade em gestão quando o projeto é bem-sucedido e sua prestação de contas, aprovada, mas isso exige planejamento!

Onze passos para a eficiência em execução de projetos

  1. Faça um levantamento das necessidades da instituição - converse com os funcionários dos setores no qual deseja investir.
  2. Faça um banco de projetos - elabore projetos para cada necessidade e guarde-os para os possíveis editais que surgirem.
  3. Tenha a planilha orçamentária de cada projeto - realize a pesquisa de mercado (três orçamentos) para chegar aos valores necessários.
  4. Pesquise os programas junto aos órgãos do governo federal - conheça o Plano Plurianual (PPA). Lá, você encontra as prioridades de investimento do governo e em quais anos os programas estarão disponíveis.
  5. Analise a Lei Orçamentária Anual (LOA) para saber quanto será investido nos programas.
  6. Realize os ajustes dos projetos (banco de projetos) elaborados de acordo com as diretrizes do programa escolhido.
  7. Inclua o plano de trabalho no Siconv - faça isso com pelo menos 48 horas de antecedência ao encerramento da vigência do programa.
  8. Fique atento às solicitações de adequações - realize os ajustes nos prazos determinados. Após aprovado, geralmente, os recursos levarão por volta de seis meses para serem liberados.
  9. Verifique se os valores inseridos ainda estão de acordo com os valores de mercado.
  10. Peça remanejamento dos recursos ou utilização dos rendimentos da aplicação.
  11. Nunca faça nenhuma aquisição que não esteja prevista no plano de trabalho, mesmo que sejam materiais similares.

Agora, mãos à obra!

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