Captação de recursos não é só dinheiro. Essa é uma afirmação importante, muitas vezes esquecida (principalmente por quem critica o tema e se fixa especialmente na semântica do nome): a de que a captação de recursos significa implementar uma estratégia para tornar a organização financeiramente independente.
Dinheiro, portanto, é parte dessa estratégia — e com certeza uma parte importante e talvez a única que seja comum a todas as organizações —, mas não é tudo na vida e na captação de uma instituição sem fins lucrativos.
Existem outras formas de captar, outras maneiras de promover a sustentabilidade econômica de uma organização, e o voluntariado definitivamente é uma delas.
Muitas instituições, pelo país inteiro, são excelentes no engajamento voluntário de indivíduos para o desenvolvimento de suas atividades. Muitas são tão incríveis que conseguem mobilizar voluntários para que eles até mesmo conquistem doações para a organização.
Existem várias formas de fazer isso:
1) Os voluntários podem trabalhar diretamente nas equipes de captação de recursos, realizando ou atendendo ligações de doadores, mandando mensagens, coletando histórias inspiradoras de quem doa etc. Em Estados em que há programas de nota fiscal solidária, os voluntários muitas vezes cadastram as notas em nome da organização.
2) Podem-se mobilizar voluntários em eventos da organização. Essa é talvez a forma mais comum de contar na captação com a mão de obra generosa de quem se voluntaria. Em junho, por exemplo, foram realizadas festas juninas por todo o país, muitas delas lideradas por instituições sem fins lucrativos e contando com milhares de pessoas que se dedicaram voluntariamente por seu sucesso — como eu, por sinal, que servi quentão e vinho quente em uma delas.
3) Os voluntários também podem se mobilizar para pedir doações para a organização, ajudando-a a crescer e a se desenvolver. Muitos realizam chás, festas e outras atividades na qual vão arrecadar recursos. Existe uma organização no Brasil que faz até “pedágio” na rua, com milhares de voluntários parando pessoas e carros nos faróis para pedir doações em benefício da instituição.
Como se observa, são muitas e diversas as maneiras de engajamento de voluntários na captação de recursos. E, quando isso acontece, o benefício vem em dobro: além de mobilizar doações, o voluntário é ele próprio um doador, e isso não pode ser esquecido.
Voluntário são, acima de tudo, doadores para a causa. Eles — e elas, porque a pesquisa Voluntariado no Brasil 2021 mostrou que 51% de quem se dedica seu tempo gratuitamente são mulheres — são doadores por excelência, por paixão, e disponibilizam momentos preciosos de sua vida para a iniciativa que estão apoiando.
Por isso, quando estão se voluntariando na captação, eles estão alavancando a doação de seu tempo ao trazer mais recursos para a organização beneficiada.
Além disso, e eu não sou contador e portanto não sou especialista no tema, há regras especiais de contabilização de trabalho voluntário nas organizações sem fins lucrativos. O tempo dedicado por uma pessoa que se voluntaria deve ser considerado como receita para a organização, uma vez que ela está deixando de investir financeiramente naquele recurso. Traduzindo para leigos, como eu: se a instituição teria que colocar X reais para contratar uma pessoa para ficar em uma barraca na festa, e consegue alguém como voluntário, tem então X reais de receita com essa pessoa (o exato valor que deixou de gastar), que doou seu tempo para isso. Sem contar, claro, todo o resto do recurso que a pessoa vai conseguir trazer só de estar lá.
De acordo com a já citada pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, 34% dos brasileiros fizeram atividade voluntária ano passado. Se apenas parte deles tiver se engajado mobilizando recursos para causas, ainda assim são milhões de brasileiros atuando pela sustentabilidade das organizações sem fins lucrativos no país.
Ser voluntário já é bom. Ser voluntário na captação e mobilizar doações é fazer o bem elevado à potência da generosidade.
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