A fluidez das relações sociais vistas no cotidiano

Por: Daniele Lopes
23 Outubro 2018 - 00h00

Há algum tempo li uma notícia sobre uma campanha no Rio Grande do Sul que estimulava o bate-papo das pessoas nos transportes públicos. A ideia era colocar uma faixa com sugestões de assuntos próximos aos assentos, a fim de motivar as pessoas a deixarem o celular e perceberem quem está ao lado. Tal fato me levou a observar a relação das pessoas em determinados ambientes públicos, trazendo-me uma reflexão sobre a individualidade do ser humano, a qual encontra-se de maneira tão generalizada na sociedade, que somos incapazes de perceber suas sequelas.

Ao estudar o conceito de Modernidade Líquida do filósofo polonês Zygmunt Bauman (1925-1917), pude vinculá-lo a essa reflexão. Segundo sua filosofia, a sociedade pós-moderna encontra-se em estado de calamidade, uma vez que as relações passaram a assumir um papel fluido, criando uma tendência em que as pessoas buscam fugir de compromissos, gerando laços cada vez mais líquidos e que se desfazem com muita naturalidade. Essa tendência pode ser facilmente evidenciada ao observarmos nossas próprias relações na sociedade. Ao entrar em um transporte público, observo o isolamento das pessoas, quase como se pertencessem a espécies diferentes, pois o distanciamento as coloca em patamares diversos. O uso do fone de ouvido cria um isolamento entre os indivíduos que já se tornou inconsciente para as pessoas, as quais têm buscado cada vez mais o afastamento físico e a proximidade virtual. Nos deparamos em um ciclo vicioso nas relações sociais, porquanto somos incapazes de ficarmos sozinhos e buscamos companhia no celular, na medida em que ignoramos companhias físicas e reais que estão ao nosso lado.

Sob tal perspectiva, é possível perceber o cenário das nossas relações sociais como algo que está enraizado em períodos anteriores à modernidade e traz como consequência o distanciamento entre as pessoas, fato que resulta em diversos outros problemas da sociedade contemporânea., Para resolvê-los, é necessário mudar os parâmetros da nossa relação com o outro, pois somos incapazes de perceber como nossas atitudes influenciam mutuamente todos a nossa volta.

Segundo o próprio Bauman, “nós somos responsáveis pelo outro”, estando atentos a isso ou não, desejando ou não, torcendo positivamente ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (ou deixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo, e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas. Dessa forma, após uma simples reflexão sobre nosso comportamento diante da sociedade, citando como exemplo o transporte público, faço aqui uma ponte com a filosofia de Bauman, que na minha visão é a melhor maneira de exemplificar como o conceito de Modernidade Líquida encaixa-se perfeitamente na nossa realidade e pode ser evidenciado em simples ocasiões cotidianas, em que buscamos nos afastar das pessoas, criando laços vulneráveis e fluidos.

A convivência nos tempos do Bauman me inquieta e me apresenta o mundo do meu tempo, sem as chaves do tempo anterior muito claras, mas nada que me impeça de exercer um olhar calmo, curioso e instigante para o que ainda virá. Para a realidade que busco hoje me preparar para ajudar a construir. De preferência um lugar muito melhor para vivermos.

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