Contribuir para uma gestão mais eficiente, estabelecer canais de diálogo, promover interação, compartilhar informações com os diversos públicos. No dia a dia das organizações, a comunicação constitui um patrimônio valioso para alcançar objetivos sólidos e permanentes. Mas nem sempre foi assim. A presença da comunicação como setor estratégico de uma instituição é relativamente nova e ainda tem muita resistência. Mas os resultados são perceptíveis às organizações que valorizam as estratégias e ações bem estruturadas.
Mais do que nunca, comunicar bem não só é preciso, como é imprescindível. E para isso, a comunicação precisa assumir papel de destaque nos planejamentos organizacionais. Aquela velha crença da comunicação como área de apoio, que é a primeira a ser cortada em momentos de crise, não sobrevive mais. Muito pelo contrário. A comunicação deve ser prioridade no planejamento dos gestores em qualquer tipo de organização, seja ela tradicional ou moderna, de grande ou pequeno porte, com ou sem fins lucrativos. Para quem trabalha com filantropia, não tenho dúvidas de que este desafio seja ainda maior. Afinal, são fundamentais as parcerias e apoios para viabilizar projetos e a própria manutenção da instituição no mercado. Mas tanto é possível, como necessário.
Estudar, planejar, agir e, sobretudo, saber como e quando comunicar-se. Ser estratégico significa otimizar os processos, fluxos e dinâmicas de comunicação, analisar os diferentes cenários, estabelecer objetivos, metas e indicadores de resultados, conhecer seus públicos e avaliar os diversos canais, linguagens e as melhores formas de entregar uma mensagem. Na comunicação, entende-se que a responsabilidade é do emissor e ninguém quer que um entendimento sobre a organização seja equivocado ou mal interpretado. Por isso, é fundamental comunicar-se bem para fortalecer a imagem institucional.
E, de uma vez por todas, é preciso entender que nenhuma empresa sobrevive de forma isolada, ou é autossuficiente. Todas as instituições estão inseridas em um contexto maior, de relacionamento com outras organizações, com clientes, colaboradores, entidades públicas, imprensa, parceiros e com a sociedade como um todo. A comunicação é inerente à operação de um negócio, você queira ou não. Mas como fazer isso sem muitos recursos? Essa perspectiva a qual me refiro, de valorizar a comunicação, faz parte do trabalho de gestão implantado nos últimos anos na Santa Casa da Bahia, uma instituição filantrópica fundada em 1549. Afinal, hoje entendemos que não existe administração sem comunicação. Temos investido em diferentes ações, desde a consolidação de uma marca padronizada e alinhada com os novos tempos - unindo tradição e inovação como fundamentos da nossa identidade, até a capacitação constante de profissionais, e também à adoção de novas ferramentas de comunicação com nossos stakeholders, inclusive com presença online significativa. O digital cresce e se atualiza em uma velocidade cada vez maior. É preciso estar atento a essas mudanças. A forma de se comunicar evolui e as instituições precisam acompanhar esse processo também.
Tudo isso exige muito compromisso, criatividade, dedicação e, é claro, credibilidade com os diversos públicos. Não devemos esquecer que comunicar é relacionar-se. Estabelecer relacionamentos pressupõe, antes de mais nada, uma partilha. Aliás, esse sentido é intrínseco ao da própria palavra comunicação, que deriva do latim “communicare”, que significa partilhar, participar, tornar comum.
É exatamente dessa forma que acreditamos ser necessário pensar a comunicação no contexto das organizações: conexão, formação de vínculos, criação de pontes cada vez mais sólidas com os seus respectivos públicos. Isso também é parte da gestão.
Como prestadora de serviços nas áreas de saúde, educação, cultura e assistência social, a Santa Casa da Bahia tem buscado estabelecer essas conexões diariamente porque acreditamos que é este o caminho. E você, o que tem feito para se comunicar cada vez melhor?