O Dia Em Que Felipe Salvou a Convivência No Universo

Por: Maria Veramoni de Araújo Coutinho
04 Agosto 2017 - 00h00

As personagens e os lugares citados existem de verdade, mas a história foi inventada para preservar a fantasia.

Como todos os bebezinhos do maternal já sabem , há bilhões de anos a energia do universo estava presa em uma bola. Então aconteceu o Big Bang, e essa energia explodiu e depois se juntou de novo, formando o universo, com todas as galáxias, sistemas, planetas e tudo mais, e blá-blá-blá. Vamos parando por aqui, antes que alguém grite: "Me conte uma novidade!".

Obviamente não estamos aqui para falar de uma coisa que aconteceu há mais de 13 bilhões de anos. A novidade é que um universo quis copiar o nosso, mas se atrapalhou com o seu Big Bang e, ao invés de a energia se juntar para formar os corpos celestes, ela se desmanchou e toda a massa começou a se esparramar e destruir os outros universos que encontrava pela frente, como uma chuva de energia que varre tudo e transforma tudo em chuva também.

Os cientistas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) descobriram que o nosso mundo estava na rota da chuva de energia, o que não era nada bom! A previsão era de que atingisse o nosso universo, com tudo o que tem dentro dele, no dia 25, às 11 horas e 35 minutos. Aí os cientistas avisaram os presidentes de todos os países. Eles pediram que seus ministros apresentassem soluções; estes não sabiam o que fazer e pediram que os seus secretários apresentassem uma solução. Os secretários ficaram preocupados demais e pediram que os seus subordinados apresentassem a solução. E, de tanta hierarquia, a notícia e o pedido de solução só chegaram aos ouvidos da professora Jurema no dia 25, às 11 horas, bem pertinho da hora prevista para a chuva de energia arrastar tudo, tudinho mesmo!

– Galerinha, prestem atenção! – Foi assim que Jurema começou a explicar tudo aos seus estudantes do primeiro ano. Não sobre o nosso Big Bang, claro, mas sobre a chuva de energia que estava quase para nos atingir, e pediu que apresentassem o mais rápido possível uma solução.

A turma ficou agoniada, mas também se sentiu desafiada com tamanha responsabilidade e começou a criar as mais mirabolantes soluções: Gabriela desenhou com capricho uma linda florzinha. A tia Jurema olhou o desenho com muita atenção, mas fez uma expressão de que não seria suficiente. Aí Gabriela explicou:

– É uma flor carnívora, prô Jurema. Ela é muito feroz! Tia Jurema olhou o papel tão de perto que a flor de tão feroz quase mordeu a ponta arrebitada do seu nariz.

– Nossa, que medo! Que feroz! – Jurema respirou fundo para se recompor e disse para a menina:

– Valeu, meu bem, mas acho que não vai resolver... – E foi olhar o caderno de Vinícius, que desenhou um gravetinho, mas que segundo ele era muito forte. Luan juntou as sucatas e construiu um robô enorme e muito bem engendrado. Já Eduardo calçou suas chuteiras de futsal. Guilherme esculpiu um feroz jacaré com a massa de modelar. Luís Henrique, por sua vez, fez umas luzes nos cabelos e ficou com o visual muito fashion. Eduardo Gomes transformou-se no Brad Pitt. E Guilherme juntou seus milhares de carrinhos da sua coleção. Jenifer arrumou os cachinhos do cabelo, enquanto Kalila fez as continhas com os dadinhos. Gabriele chamou Suelem para pular amarelinha. André e Adriano pintaram com tinta guache. Juan Pablo fez uma jogada "irada" de basquete com Carlos, enquanto Eduarda brincava nessa hora e não ouviu direito o comando da tia Jurema.

A prô viu tudo, elogiou e agradeceu o empenho de cada um. Mas sempre dizia no fim:

– Valeu, meu bem, mas acho que não vai resolver.

Já eram 11 horas e 30 minutos quando tia Jurema chegou à carteira de Felipe. Ele mostrou seu desenho de uma lagartixa, e, quando Jurema o viu, esboçou aquela já habitual expressão de que não seria suficiente. Seria o fim de toda a turma, de todo o colégio, do Vale do Jari, da Amazônia, do Brasil, da América Latina, enfim, do mundo todinho. Aí Felipe explicou:

– É uma lagartixa pré-histórica, tia Jurema. Ela é muitíssimo feroz e gulosa. Tipo um dinossauro! E a pele da barriga dela é super-hipermega forte e protege bem de qualquer coisa. Acredita em mim, que no fim vai dar certo!

Jurema não entendeu muito bem como aquilo tudo poderia ser útil, mas, como ela sempre confiava nos seus estudantes e como não tinha mais muita opção, disse:

– Tudo bem! – E olhou tão de perto, que a lagartixa, de tão feroz, engoliu Jurema todinha, com seu nariz arrebitado e tudo.

As crianças levantaram-se das carteiras e gritaram e correram em círculos, com as mãos abanando para cima, porque Jurema não estava mais lá. A orientadora Fafá apressou-se para ver o que estava se passando, e a lagartixa pré-histórica comeu a turma do primeiro ano inteira, inclusive Fafá.

O Colégio Sensacional Jari perguntou:

– Cadê a turma de Jurema, e Fafá? – A lagartixa pré-histórica comeu o colégio, inclusive o ginásio.

O bairro Staff perguntou:

– Cadê o Colégio Sensacional Jari, e o ginásio? – A lagartixa pré-histórica comeu o bairro Staff.

Monte Dourado perguntou:

– Cadê o Staff, que eu projetei tão bem? – A lagartixa pré- -histórica comeu Monte Dourado.

O Vale do Jari ficou logo esquentado e perguntou:

– Vem cá! Que piseiro é esse? Cadê Monte Dourado, aquele distrito tão bem arquitetado, limpo e organizado que estava ali agorinha? – E já sabe o que aconteceu...

A Amazônia ficou uma "arara" e perguntou:

– Cadê o Vale do Jari, que pega um pedaço do Pará e um pedaço do Amapá, que estava ali na divisa e sumiu agorinha, inclusive com o Rio Jari no meio? – Claro que a lagartixa pré- -histórica não ia dispensar a Amazônia.

E o Brasil disse:

– Tô lascado! O mundo vai me matar! Cadê a Amazônia, que eu prometi proteger? Que é que eu vou dizer para o green, meu bem? – E antes de terminar a frase já tinha sido devorado.

A América Latina questionou:

– Cadê o Brasil, aquele país continental? – E já eram a América Latina e o Caribe... O Planeta Terra quis saber:

– Cadê o continente latino e o Caribe, tão calientes?! – E a Terra foi devorada com o seu único satélite natural, a lua.

O Sol, meio gagá e ranzinza, ficou vermelho e perguntou:

– E a Terra, aquele planeta tão azul, o terceiro daqui para lá, com aquele satélite dela? Tinha de sumir justamente o único planeta que a cosmogênese fez o favor de gerar vida? Aquele que até onde eu sei é o único que tem vida inteligente, se bem que nem tão inteligente assim. Estão acabando com o planeta tão bonito, que é a Terra! Mas vem cá, cadê a Terra, com os seres humanos?

– E a gulosa devorou o Sistema Solar todinho numa só bocada.

A Via Láctea, que, apesar de ter muitos sistemas, dava maior atenção para todos eles, perguntou suavemente:

– Cadê aquele sistemazinho periférico que ficava bem ali, naquele cantinho? – A lagartixa nada suave devorou a galáxia com a voracidade que toma um copo de leite...

O universo, vendo a chuva de energia varrendo todos os outros universos e já chegando a ele também, disse:

– Ainda mais essa, agora. Cadê a Via Láctea? – Só deu tempo de dizer isso quando a lagartixa pré-histórica devorou o universo inteiro. E como a gulosa da lagartixa ainda estava com fome, achou seu próprio rabo bem apetitoso e começou a devorá-lo e devorou-se todinha. Como sua barriga tinha uma pele super-hiper-mega forte, que protege bem de qualquer coisa, a chuva de energia passou e não fez nem cócegas! O Universo ficou protegido. Quando chegou dentro dela mesma, a lagartixa pré-histórica e gulosa viu que estava tudo lá: o universo e dentro dele a Via Láctea, e dentro dela o Sistema Solar, e dentro dele o Planeta Terra e a lua, e dentro do planeta, a América Latina e o Caribe, e dentro do continente latino, o Brasil, e dentro do Brasil, a Amazônia, e dentro da Amazônia, o Vale do Jari, com o rio Jari, e dentro do Vale do Jari, Monte Dourado, e dentro dele, o bairro Staff, e dentro dele, o Colégio Sensacional Jari e o ginásio, e lá dentro, a turminha da Jurema, Jurema, Fafá e todas as crianças festejando com a lagartixa gulosa e pré-histórica de barriga super-hiper-mega forte que salvou a convivência no universo.

E fim.

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